A Unidos de Padre Miguel anunciou na madrugada desta sexta-feira (7) que entrará com um recurso na Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) para contestar o resultado do Carnaval 2025, que rebaixou a escola para a Série Ouro. A agremiação da Zona Oeste do Rio de Janeiro terminou na última colocação do Grupo Especial, ficando 1,1 ponto atrás da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Após retornar ao Grupo Especial depois de 52 anos, a escola foi rebaixada na apuração realizada na quarta-feira (5). Em nota oficial assinada pelo advogado Danilo Bispo, a UPM afirmou que as justificativas dos jurados não condizem com o desfile apresentado na Marquês de Sapucaí.
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A escola argumenta que foi penalizada em quesitos específicos por conta de uma falha técnica no caminhão de som, que não seria de sua responsabilidade. Segundo a nota, a UPM está reunindo todos os elementos necessários para formalizar o recurso.
“Nosso objetivo não é prejudicar qualquer outra agremiação, mas identificamos inconsistências graves na avaliação. Seguimos confiantes de que a verdade e a imparcialidade prevalecerão”, declarou a escola em comunicado.
Grande Rio e Salgueiro também questionam apuração
Outras escolas de samba também manifestaram descontentamento com o resultado da apuração. A Grande Rio, vice-campeã do Carnaval 2025, questionou inconsistências nas notas do quesito bateria. Segundo a agremiação, caso o erro seja corrigido, sua pontuação final seria de 270,0, empatando com a Beija-Flor, o que resultaria em um título compartilhado entre as duas escolas.
Na noite de quinta-feira (6), a Liesa reconheceu um erro na transcrição dos dados, mas reafirmou que o resultado final está correto, mantendo a Beija-Flor como única campeã do Carnaval 2025.
Já a Salgueiro manifestou insatisfação em uma publicação nas redes sociais. Em nota de agradecimento à comunidade, a escola afirmou que já iniciou os preparativos para o Carnaval de 2026 e criticou duramente a organização da apuração.
“Aos ladrões de plantão, fica o aviso: o Salgueiro não irá se intimidar com essa quadrilha de canalhas que está tentando acabar com o Carnaval, prejudicando aqueles que trabalham com seriedade”, afirmou a escola em publicação.