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Inspirado em Abdias Nascimento, MinC cria programa de preservação da cultura negra

Denominado "Programa Abdias Nascimento: Patrimônio, Memória e Reparação", a iniciativa visa preservar e difundir acervos de comunidades negras, povos originários e marginalizados
A imagem mostra o ativista Abdias Nascimento, que dá nome ao programa de preservação da cultura negra do Ministério da Cultura.

Foto: Chester Higgins Jr.

29 de maio de 2024

Com o objetivo de desenvolver políticas públicas voltadas à preservação e difusão de acervos pertencentes a pessoas e instituições negras, aos povos originários e a comunidades periféricas e marginalizadas, a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), em parceria com o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), criou um grupo de trabalho para elaborar o “Programa Abdias Nascimento: Patrimônio, Memória e Reparação”. O anúncio foi feito pelo Ministério da da Cultura (MinC) na segunda-feira (27).

Por meio de uma portaria, o programa terá 24 representantes de ministérios, instituições públicas e organizações da sociedade civil, que juntos, vão estabelecer políticas e um cronograma de trabalho para o desenvolvimento da iniciativa que busca preservar acervos das culturas de matriz africana e indígenas do Brasil. A previsão é de que até o final do ano uma minuta do programa seja apresentada ao Ministério da Cultura para instituir a política pública.

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Entre as instituições que fazem parte da criação do programa estão o Ministério da Igualdade Racial, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Fundação Cultural Palmares, Fundação Nacional de Artes (Funarte), Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Arquivo Nacional, Museu da República, Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) e Museu dos Povos Indígenas.

Abdias Nascimento é considerado um dos maiores expoentes da cultura negra e dos direitos humanos no Brasil e no mundo. Poeta, professor, escritor, político, dramaturgo, artista visual e ativista pan-africanista. Ele foi o fundador do Teatro Experimental do Negro, do projeto Museu de Arte Negra e foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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