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Jamopoty, cacique do povo Tupinambá, ganha título de doutora honoris causa

A cacique Jamopoty é a primeira do Povo Tupinambá de Olivença a receber o reconhecimento
Imagem da cacique Jamopoty do Povo Tupinambá de Olivença durante a cerimônia do retorno do manto Tupinambá.

Imagem da cacique Jamopoty do Povo Tupinambá de Olivença durante a cerimônia do retorno do manto Tupinambá.

— Reprodução Lohana Chaves/Funai

19 de fevereiro de 2025

Com uma história de luta pelos povos originários, a Cacica Jamopoty do povo Tupinambá de Olivença recebeu a nomeação como  Doutora Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). A liderança é a primeira  da Bahia e a segunda do Brasil a receber o reconhecimento por defesa dos territórios e direitos indígenas.

Em 1999, Jamopoty foi eleita a primeira cacique do Povo Tupinambá de Olivença, em Ilhéus, na Bahia, onde segue como um símbolo de resistência para estabelecer o território da sua origem ancestral na proteção e preservação das tradições. 

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No ano passado a líder esteve na linha de frente pelo retorno do Manto Tupinambá ao Brasil depois de mais de 300 anos exposto no Museu da Dinamarca. Anteriormente, a sua mãe, Amotara, acompanhada de Aloísio Tupinambá, já tinha manifestado a luta pela causa durante a Mostra do Redescobrimento, em São Paulo. 

A peça é considerada o artefato sagrado mais antigo do povo Tupinambá e é composta por uma vestimenta de 1,8 metros de altura, confeccionada com penas vermelhas da ave guará e com base em fibra natural. 

O artefato é o reflexo dos desafios enfrentados pelos povos indígenas para reivindicar seus bens culturais e sagrados de volta aos territórios originários. O manto atualmente  se encontra na Biblioteca do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. 

O título concedido pela UESC é a mais alta honraria da instituição pelo reconhecimento de personalidades que tenham prestado serviços relevantes para a sociedade. A data da cerimônia oficial de entrega da homenagem ainda será definida pela universidade. 

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