A lavagem de Itapuã, uma das tradições populares na Bahia, celebrou seus 120 anos de história na madrugada de quinta-feira (20), em Salvador. O evento reuniu diversos participantes, seguidos de manifestações culturais pelas ruas do bairro para exaltar um legado de resistência.
A celebração marcada pela religiosidade teve início com o Bando Anunciador, seguido da alvorada de fogos de artifício e do cortejo das baianas, em direção às escadarias da Igreja de Nossa Senhora de Itapuã, que são banhadas por água de cheiro.
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A festa contou com o apoio da Secretaria de Turismo (Setur-BA) e a participação do projeto Agô Bahia, que atua na valorização das religiões de matriz africana e incremento do afroturismo.
“A Lavagem de Itapuã emana a energia do sincretismo religioso baiano, que tanto atrai os visitantes. O projeto Agô Bahia foi criado para valorizar manifestações populares como essa, que tem a marca da pluralidade”, declarou Maurício Bacelar, titular da Setur-BA.
Após o ato na Igreja, o encerramento da celebração aconteceu com o desfile de blocos e apresentações culturais, como as Ganhadeiras de Itapuã e a Baleia Rosa do Amor, exaltando a potência do evento que se mantém há anos.