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Livro que retrata a história do Cais do Valongo vai virar filme

A obra de Eliana Alves Cruz apresenta um dos principais locais de desembarque de africanos escravizados no Brasil
A imagem mostra o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

8 de maio de 2024

Por meio das redes sociais, a escritora e jornalista Eliana Alves Cruz anunciou nesta terça-feira (7) que seu livro “O crime do Cais do Valongo” vai virar filme. A produtora TV Zero será a responsável pelas gravações do longa, que ainda não tem data para estrear.

O roteiro do filme é uma parceria da escritora e do diretor Marton Olympio, que fez parte das produções do filme “Alemão 2” e da série “Anderson Spider Silva”. A obra é um romance histórico-policial ambientado durante o século 19, que começa em Moçambique e percorre quilômetros até chegar ao Rio de Janeiro, mais especificamente no Cais do Valongo.

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Construído em 1811, o cais foi o principal ponto de desembarque e comércio de pessoas negras escravizadas nas Américas. O antigo porto foi importante símbolo da resistência contra a escravidão e da preservação da memória afro-brasileira. Estima-se que um milhão de africanos tenham chegado ao Brasil por meio do Valongo.

O Cais do Valongo fica em uma região conhecida como Pequena África, por reunir uma população majoritariamente negra e por ter uma história ligada à diáspora africana, com sítios como o Cemitério dos Pretos Novos, local de sepultamento de africanos recém-desembarcados no Valongo que morriam antes de serem vendidos, e a Pedra do Sal, considerada um dos berços do samba urbano carioca.

Em 2017, o lugar foi nomeado como patrimônio histórico da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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