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Livros infantis afro-brasileiros para ler durante a quarentena do Covid-19

23 de março de 2020

O Alma Preta elencou uma lista de publicações que ressaltam a representatividade e autoria negra

Texto / Redação | Edição / Simone Freire | Imagem / Divulgação

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A pandemia do Covid-19 está mudando toda a rotina do país. Comércios, escolas, festas, entre outras atividades tiveram que cancelar suas agendas para que a população pudesse praticar o isolamento a fim de conter a rapidez da disseminação do vírus, que já matou milhares de pessoas em todo o mundo.

Com as escolas fechadas, a rotina domiciliar precisa se ajustar. O Alma Preta elencou algumas produções da literatura afro-brasileira para ler com a criançada em casa. Confira!

Os nove pentes d’África

A escritora Cidinha da Silva é a autora de Os nove pentes d’Àfrica (Mazza Edições), que conta a história de uma família. Os pentes herdados pelos nove netos de Francisco Ayrá são a pedra de toque para abordar a pulsão de vida presente nas experiências das personagens e rituais cotidianos da narrativa.

Bucala: A pequena princesa do quilombo do cabula

De autoria de Davi Nunes, a obra resgata o nome de um quilombo histórico no centro de Salvador, na Bahia, o Cabula. O livro, que foi publicado pela Editora Uirapuru, reconta a história do quilombo por meio da figura da princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha e possui poderes que protegem o quilombo dos escravocratas e capitães do mato.

Meu crespo é de rainha

Desta vez, a autoria é de bell hooks. Meu Crespo é de Rainha (Selo Boitatá da Boitempo) enaltece os fenótipos negros e o faz em forma de poema rimado e ilustrado. O livro é indicado para crianças a partir de três anos.

Amora

Primeiro livro do rapper Emicida, o livro fala sobre a importância da valorização de quem somos. “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. Amoras (Companhia das Letrinhas) traz o enaltecimento da beleza negra por meio de alusões com a natureza e o reconhecimento de si.

Pequeno Príncipe Preto

Criar um repertório para as crianças negras aprenderem a amar suas características, respeitarem a ancestralidade africana e terem auto estima para enfrentar o racismo em situações do cotidiano como na escola e no parque é o objetivo por trás do livro infantojuvenil “Pequeno Príncipe Preto”, de autoria do ator, diretor, roteirista, filósofo e cientista social Rodrigo França, vencedor de prêmios como o “Botequim Cultural”, por seu trabalho e militância em valorização da negritude.

Com ilustrações de Juliana Barbosa, o livro conta a história de um menino que vive em um planeta minúsculo onde sua única companheira é uma árvore Baobá. O menino viaja por diferentes planetas, espalhando lições de amor, empatia e a importância de as pessoas valorizarem quem são e de onde vieram.

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