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Mostra itinerante na Fundação Palmares destaca saúde e prevenção ao HIV entre quilombolas

Iniciativa promove conscientização sobre HIV/Aids nas comunidades quilombolas, abordando questões de raça, gênero e saúde pública
Imagem da mostra cinematográfica itinerante "Caminhos do Norte: trilha para a promoção da saúde e prevenção combinada do HIV/Aids", em exposição na Fundação Cultural Palmares até o dia 3 de novembro.

Foto: Reprodução/Fundação Palmares

6 de outubro de 2024

Nesta terça-feira (1º), a Fundação Palmares recebeu a mostra cinematográfica itinerante “Caminhos do Norte: trilha para a promoção da saúde e prevenção combinada do HIV/Aids”, integrando a programação da Casa da Cultura Afro-brasileira. 

A mostra apresenta um banner, cinco totens e um webdocumentário dirigido por Matteo Teruya, que retrata o cotidiano da comunidade quilombola de Boca da Mata, na Ilha do Marajó, Pará.

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A iniciativa faz parte do projeto Ação de Mulheres pela Equidade (AME) e busca empoderar a população quilombola em relação à saúde, com foco na prevenção do HIV/Aids, tratando questões de saúde pública sob a perspectiva de raça, gênero e as particularidades culturais da comunidade.

O documentário, que teve sua primeira exibição na Representação da União Europeia no Brasil em agosto, mostra as atividades comunitárias conduzidas pela AME desde 2016, com o apoio da Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS Brasil) e do Ministério da Saúde.

Caminhos do Norte

Em 2023, a UNAIDS e a Ação de Mulheres pela Equidade (AME) colaboraram na implementação da iniciativa “Caminhos do Norte: Trilhas para a Promoção da Saúde e Prevenção Combinada do HIV” na comunidade quilombola de Vila do Maruacá, na Ilha do Marajó. Essas comunidades enfrentam grandes desafios no acesso à saúde, o que as torna prioritárias nas ações de resposta ao HIV.

O projeto desenvolveu uma abordagem adaptada às realidades locais, promovendo o engajamento comunitário e abordando interseções entre raça e gênero para fortalecer, sobretudo, as mulheres quilombolas na construção de estratégias de saúde.

População negra e o impacto do HIV

De acordo com o “Boletim Epidemiológico: Saúde da População Negra”, lançado pelo Ministério da Saúde em outubro de 2023, as pessoas negras são as mais atingidas por novas infecções de HIV e evolução para a Aids. Em 2021, mais de 70% dos casos de Aids em menores de 14 anos foram entre pessoas negras.

Entre jovens de 15 a 29 anos, a incidência de pessoas negras chegou a 63,7%. Ao longo da última década, o número de mortes decorrentes da Aids aumentou em 7,9%, sendo as mulheres pretas e pardas as mais vulneráveis. No caso de gestantes negras e pardas, os números cresceram de 62,4% em 2011 para 67,7% em 2021, evidenciando a necessidade urgente de intervenções voltadas a essa população.

Serviço

Mostra Cinematográfica Itinerante “Caminhos do Norte: trilha para a promoção da saúde e prevenção combinada do HIV/Aids”

Quando: até 3 de novembro de 2024

Horário: de segunda a sexta, de 9h às 17h
Onde: Fundação Palmares – Setor de Autarquias Sul – Quadra 2 – Asa Sul – Brasília (DF)

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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