O resultado final do Edital Ruth de Souza de Audiovisual foi publicado na sexta-feira (26) no Diário Oficial do União (DOU). A premiação é voltada para a produção de obras cinematográficas de longa-metragem dirigidas por mulheres cis ou transgêneros estreantes. De 187 inscritas, 18 candidatas foram selecionadas. O investimento disponibilizado foi de R$ 36 milhões e serão destinados R$ 2 milhões a cada um dos projetos.
Para Joelma Gonzaga, secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, o edital reafirma o compromisso do MinC com a implementação de políticas afirmativas e de diversidade.
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“O Edital Ruth de Souza é um marco importante para o cinema brasileiro. Ele incentiva e valoriza a diversidade de vozes femininas no audiovisual. Estamos ansiosos para ver as histórias e perspectivas únicas que serão trazidas à tela por essas talentosas diretoras estreantes”, diz.
Com temática livre e apresentados por produtoras brasileiras independentes, os projetos são de ficção. O destino inicial é o mercado de salas de exibição.
Nove contempladas são negras
Das candidatas, nove são mulheres negras (seis mulheres pretas e três pardas), uma indígena e oito mulheres brancas. Cinco delas são do Sudeste e quatro do Nordeste. As regiões Norte, Sul e Centro-Oeste têm três representantes cada uma.
As selecionadas são da Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Paraíba São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Pará, Paraná, Tocantins e Amazonas.
O chamamento homenageia o legado da atriz carioca Ruth de Souza. Pioneira no teatro, cinema e televisão brasileiros, ela foi a primeira artista negra a conquistar projeção na dramaturgia nacional, abrindo caminho para outros intérpretes.