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O ano de 2024 na música: relembre 10 álbuns lançados por artistas negros

Lançamentos do ano refletem a pluralidade cultural e a ousadia criativa de artistas de diferentes estilos e territórios
Imagem do cantor e compositor Jota.pê, artista negro e um dos maiores destaques da música brasileira no ano de 2024.

Foto: Taís Valença/Divulgação

19 de dezembro de 2024

O ano de 2024 foi intenso na música brasileira contemporânea. A cena musical teve espaço para todos: vozes novas e veteranos que presentearam os ouvintes com lançamentos que dialogam com as complexidades sociais, as nuances da alma e as ricas sonoridades do país. 

De trabalhos que revisitaram raízes culturais a álbuns que expandiram os horizontes da música urbana, os artistas mostraram que a criatividade negra é uma força inabalável.

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A Alma Preta selecionou 10 lançamentos impactantes que fizeram o ano valer a pena. Confira:

1) Jota.pê – Se Meu Peito Fosse Mundo

O compositor e cantor Jota.pê encantou o público com “Se Meu Peito Fosse Mundo” e se tornou um dos maiores destaques do Brasil. O álbum une lirismo intimista e melodias delicadas, explorando temas como empatia e conexão humana. É um trabalho que emociona pela simplicidade e profundidade.

O álbum foi, inclusive, um dos mais premiados pelo Grammy Latino neste ano, com vitórias nas categorias de “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira” e “Melhor Álbum de Engenharia de Gravação”. A terceira estatueta foi para a música “Ouro Marrom”, na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa.

2) Melly – Amaríssima

Melly entregou uma obra delicada e visceral com “Amaríssima”. O álbum passeia por narrativas emocionais que exploram os altos e baixos do amor, unindo letras poéticas a arranjos sofisticados numa viagem guiada pelo pop e R&B. Com “Amaríssima”, Melly alcançou o reconhecimento como uma das revelações da música brasileira. O álbum garantiu para a artista o prêmio de Melhor Compositora no WME Awards 2024.

Melly. Foto: João Arraes/Divulgação

3) Rael – Na Pista Sem Lei

Rael apresentou junto de Rincon Sapiência e FBC o “Na Pista Sem Lei“, um álbum que transita entre o rap, o reggae e o soul, mantendo sua marca de lirismo afiado e melódico. Com letras que refletem sobre liberdade e resistência, o álbum é mais uma prova da versatilidade e do talento de um dos grandes nomes da música brasileira atual.

4) Liniker – Caju

Com “Caju”, Liniker mergulhou em uma sonoridade intimista e madura. O álbum é um convite à contemplação, com letras que transitam entre afetos, memórias e liberdade. A artista consolida sua trajetória como uma das maiores expoentes da música brasileira contemporânea, unindo potência vocal e autenticidade.

Liniker. Foto: Caroline Lima/Divulgação

5) Duquesa – Taurus Vol. 2

“Taurus Vol. 2” é o novo capítulo da trajetória de Duquesa, que explora o R&B e o soul com maestria. O álbum combina produções refinadas e letras confessionais, criando uma atmosfera sensual e introspectiva. Duquesa se firma como uma das grandes representantes da música urbana no Brasil.

6) FEBEM – Abaixo do Radar

O rapper FEBEM lançou em 2024 o “Abaixo do Radar”, um álbum que traduz em dez faixas a vivência das periferias urbanas com beats agressivos e letras contundentes. FEBEM equilibra denúncia social e celebração cultural, mantendo sua posição de destaque no cenário do rap nacional.

7) Black Pantera – Perpétuo

O trio mineiro Black Pantera trouxe à cena um álbum potente, “Perpétuo”, que mistura metal, punk e hardcore com letras afiadas sobre racismo, resistência e luta social. Conhecidos por sua energia explosiva, eles reforçam seu papel como uma voz urgente na música brasileira, com mensagens que ecoam tanto nos palcos quanto nas ruas.

8) Jup Do Bairro – In.Corpo.Ração

“In.Corpo.Ração”, de Jup Do Bairro, é um manifesto de identidade, resistência e força. O álbum mistura influências que vão do rap ao rock experimental, traduzindo questões sociais e pessoais em uma obra de arte poderosa. Jup continua a expandir os limites da música brasileira com autenticidade.

9) Os Garotin – Os Garotin de São Gonçalo

Os Garotin trouxeram frescor ao cenário independente com “Os Garotin de São Gonçalo”. Misturando ritmos como samba, funk e elementos da música eletrônica, o grupo cria uma sonoridade única e autêntica, capturando a essência da cultura popular fluminense.

Os Garotin. Foto: Pedro Micelli/Divulgação

10) Tuyo – Paisagem

O trio Tuyo entregou “Paisagem”, um álbum que é uma verdadeira viagem sensorial. Com harmonias etéreas, letras introspectivas e arranjos eletrônicos sofisticados, o grupo reafirma sua posição como um dos mais inovadores da música brasileira atual.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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