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Oficina promovida pelo Iphan fortalece preservação do Jongo do Sudeste

Evento na sede do Caxambu do Salgueiro reuniu 23 lideranças jongueiras do estado do Rio de Janeiro
Pessoas negras no Jongo do Pinheiral, município do Rio de Janeiro.

Foto: Iphan/Maria Luiza Dias

30 de abril de 2024

No último final de semana, nos dias 27 e 28 de abril, a sede do Caxambu do Salgueiro, localizada no Morro do Salgueiro, no Rio de Janeiro, foi palco da Oficina de Salvaguarda do Jongo do Sudeste, promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esta oficina marcou o início de um ciclo de encontros voltados para a preservação e valorização do jongo, um bem cultural imaterial, no estado do Rio de Janeiro, reunindo detentores de diversas instituições.

O evento contou com a participação de 23 lideranças jongueiras do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer os laços entre as comunidades jongueiras e promover a articulação institucional para a preservação desse importante aspecto da cultura afro-brasileira. Letícia Ribeiro, técnica do Iphan no Rio de Janeiro, destaca em comunicado ministerial que o intuito também é sensibilizar potenciais parceiros para a gestão compartilhada da salvaguarda do jongo.

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Durante o evento, foram discutidos critérios para a inclusão de novos grupos na salvaguarda, além da validação da minuta do Plano de Salvaguarda, definição de ações prioritárias e troca de experiências sobre atividades de educação patrimonial realizadas em cada comunidade. O segundo dia foi dedicado ao diálogo com parceiros sobre a preservação do jongo, com enfoque na sustentabilidade.

O ciclo de oficinas para a salvaguarda do jongo continuará com eventos em Campos dos Goytacazes e Pinheiral, no interior fluminense, com próximos encontros previstos para os meses de junho e agosto.


O jongo, também conhecido como tambu, batuque e caxambu, é uma forma de expressão que mescla percussão de tambores e dança coletiva. Registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2005 pelo Iphan, o jongo tem suas raízes nos saberes e crenças dos povos de língua bantu, consolidando-se entre os povos escravizados que trabalhavam nas lavouras de cana-de-açúcar e café do Sudeste do Brasil.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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