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Parada do Orgulho PCD acontece neste sábado em São Paulo

A 2ª edição do evento traz à tona o caso de Sônia Maria de Jesus, vítima de trabalho escravo doméstico, e reforça conquistas da comunidade PCD em busca de acessibilidade e visibilidade
Imagem de uma edição da Parada do Orgulho PCD em Recife. Neste ano, a 2ª edição do evento em São Paulo celebra um ano de mobilizações e destaca o caso de Sônia Maria de Jesus, mulher surda que há mais de 40 anos vive em condições análogas à escravidão.

Foto: Divulgação/Suh Farias

20 de setembro de 2024

Neste sábado (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, ocorrerá a 2ª Parada do Orgulho PCD em São Paulo. O evento será na Praça Roosevelt, na região central, e chama atenção para o caso de Sônia Maria de Jesus, uma mulher surda que há mais de 40 anos vive em condições análogas à escravidão na casa de um desembargador em Santa Catarina. 

Sônia, que é analfabeta, foi resgatada, mas posteriormente devolvida ao seu opressor, em um caso que auditores fiscais classificaram como o primeiro “desresgate” do país.

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Marcelo Zig, diretor institucional da parada, ressalta que o caso de Sônia é um exemplo extremo da interseção entre racismo, machismo e capacitismo, que afeta principalmente mulheres negras com deficiência. “Ela é a primeira vítima de trabalho análogo à escravidão a ser devolvida ao lar de seu algoz“, afirma.

Um ano de luta e conquistas

Além de dar visibilidade ao caso de Sônia, a Parada também celebra seu primeiro aniversário. Desde a primeira edição, em setembro de 2023, o evento já percorreu diversas capitais do Brasil, como Salvador, Recife, Brasília e Belo Horizonte, e está programado para chegar ao Rio de Janeiro em novembro. 

“Esse primeiro ano representa um avanço significativo”, diz Julia Piccolomini, presidente da organização em nota para imprensa. “Nosso objetivo é continuar garantindo acessibilidade para todas as deficiências e fortalecer parcerias com outras organizações e movimentos sociais”.

A Parada tem sido um espaço importante de união e fortalecimento da comunidade PCD, promovendo a troca de experiências e ampliando a conscientização sobre os desafios enfrentados por pessoas com deficiência.

Cultura e arte em destaque

A Parada deste ano contará com apresentações de artistas com deficiência de São Paulo, oferecendo uma celebração inclusiva e transformadora. A poetisa Poetalipee, por exemplo, usa sua arte como ferramenta de luta. “Nós somos resistência e precisamos soltar a nossa voz!”, afirma. 

A multiartista Amanda Mittz também celebra sua participação no evento: “Eu quero que as pessoas com deficiência sintam orgulho de quem são e lutem comigo por nossos direitos”.

Serviço

2ª Parada PCD de São Paulo

Quando: sábado, 21 de setembro

Horário: concentração a partir das 10h

Onde: Praça Franklin Roosevelt, s/n – Bela Vista, São Paulo (SP)

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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