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Programa Ouro Negro destina R$ 15 milhões a blocos afros da Bahia

Iniciativa apoia 112 projetos culturais baianos para reforçar a preservação da cultura negra e ampliar recursos para desfiles carnavalescos e tradicionais lavagens
Imagem de um bloco afro durante o carnaval da Bahia. O Programa Ouro Negro, do estado baiano, destina R$ 15 milhões a blocos afros para o carnaval de 2025 e outras celebrações tradicionais.

Imagem de um bloco afro durante o carnaval da Bahia. O Programa Ouro Negro, do estado baiano, destina R$ 15 milhões a blocos afros para o carnaval de 2025 e outras celebrações tradicionais.

— Reprodução/Secom-BA

21 de janeiro de 2025

O Programa Ouro Negro, que apoia financeiramente entidades culturais de matrizes africanas, destinará R$ 15 milhões para blocos afros em 2025. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20) e  112 projetos de 98 entidades receberão recursos para o carnaval e outras celebrações tradicionais da Bahia.

O programa, gerido pelas secretarias de Cultura (Secult) e de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), busca preservar a herança cultural afro-brasileira e fortalecer as manifestações culturais das comunidades negras. Entre os contemplados estão blocos como Afoxé Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Alerta Geral e Banda Didá.

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Além do carnaval, o Ouro Negro amplia sua abrangência para apoiar eventos como a Lavagem do Bonfim, que neste ano recebeu R$ 520 mil, e a Micareta de Feira de Santana. Também haverá apoio para as Lavagens de Itapuã e Santo Amaro.

Criado para apoiar blocos afros, afoxés, samba, reggae e blocos de índio, o Ouro Negro promove a valorização das tradições culturais e a transmissão do legado para as novas gerações. A iniciativa ganhou força em 2014 com a publicação da Lei nº 13.182, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa na Bahia.

Além dos desfiles carnavalescos, o programa tem impacto direto nas comunidades, incentivando projetos que promovem cidadania, educação e desenvolvimento social. 

“Uma reivindicação pela diversidade, pela valorização da cultura e resistência negras, indígenas, do reggae, do samba, do samba-reggae, para que também estejam expressas nas manifestações culturais da Bahia”, declarou a titular da Sepromi, Ângela Guimarães, em nota do governo baiano.

Cada projeto deverá receber entre R$ 30 mil e R$ 1 milhão. Além do carnaval de Salvador, as entidades escolhidas participaram ou ainda vão participar de carnavais do interior da Bahia, da micareta de Feira de Santana e outras festas populares.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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