Retorno da dupla 509-E para turnê e DJ Rennan da Penha vencedor do Prêmio Multishow estão entre os acontecimentos marcantes e noticiados pelo Alma Preta
Texto / Redação | Edição / Simone Freire | Imagem / Acervo Pessoal
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O ano começou com música negra indicada ao Oscar. Em janeiro, a canção integrante da trilha sonora de “Pantera Negra”, “All The Stars” do rapper Kendrick Lamar, esteve entre as indicações da categoria “Canção Original”.
Em fevereiro, Edirock, integrante dos Racionais MC’s, e Xande de Pilares, vocalista do Grupo Revelação, lançaram o clipe oficial da música “Corre Neguin”. As imagens foram gravadas no Morro do Turano, no Rio de Janeiro (RJ), e remetem à letra da canção sobre a violência policial contra os jovens negros.
A lendária dupla 509-E anunciou em julho seu retorno aos palcos após 16 anos. Dexter e Afro-X realizaram no mês seguinte a turnê “Vivos”. Em entrevista ao Alma Preta, os rappers falaram sobre a “reconciliação”, encarceramento em massa e referências do movimento negro.
Em agosto, a poeta Mel Duarte lançou o álbum “Mormaço” com poesias sobre afeto e erotismo. O disco traz dez faixas e foi pensado no estilo spoken, pouco conhecido no Brasil, mas bastante celebrado por artistas norte-americanos de soul-jazz desde a década de 70. Erykah Badu, Anelis Assumpção, Céu, Elza Soares, Curumin e Tássia Reis foram algumas inspirações para a concepção do projeto.
Outro destaque do rap brasileiro em 2019 foi o lançamento do álbum “O.M.M.M” de MAX B.O. O disco é, segundo o jornalista Juca Guimarães, um marco de reflexão e maturidade que reflete com precisão a diversidade, o talento e a sagacidade do músico que é também apresentador de TV, ator, mestre de cerimônia, repórter, empreendedor, ativista e escritor.
Em outubro, o DJ Rennan da Penha ganhou o Prêmio Multishow na categoria “Canção do Ano” com o hit “Hoje Eu Vou Parar Na Gaiola”, funk em parceria com MC Livinho. Rennan liderava o “Baile da Gaiola”, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro (RJ) e quando recebeu a premiação estava encarcerado sob a acusação de associação ao tráfico. Desde novembro ele está em liberdade por causa de um habeas corpus e retomou a carreira na música.
Em dezembro, o sambista Carlos Alberto Caetano, conhecido como Carlão do Peruche, foi homenageado na terceira edição do Encontro de Música Popular. Aos 89 anos, o fundador da escola de samba Unidos do Peruche é uma das personalidades que teve papel fundamental no processo de organização do carnaval em São Paulo.