A Prefeitura do Rio de Janeiro publicou neste mês um decreto que estabelece a criação de uma iniciativa para reunir circuitos turísticos relacionados à cultura negra e oferecer atividades profissionalizantes a guias comunitários.
Os roteiros, que serão compilados pela Rede Afro-Carioca de Turismo – Rio: a Pequena África Brasileira, deverão ter base comunitária e incluir terreiros, pontos de gastronomia negra, quilombos, rodas de samba, grupos e centros de capoeira, funk, maracatu e outras danças afro-brasileiras
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Também poderão fazer parte blocos carnavalescos, escolas de samba, rodas de rima e projetos ligados às artes visuais, cinema, teatro, literatura e favelas.
“O Rio é uma cidade que vive, pulsa e exala sua negritude. A cultura negra é um dos principais elementos formadores da identidade carioca, e diversas instituições da sociedade civil a têm resguardado por meio de projetos de turismo comunitário. Queremos mostrar que a cidade vai muito além do eixo centro-zona sul: nossos subúrbios, nossas vielas também são turísticos”, destaca Jorge Freire, coordenador executivo de Promoção da Igualdade Racial.
Além de identificar, mapear e divulgar os circuitos turísticos, a gestão municipal também promete oferecer atividades de profissionalização para os guias comunitários que atuam nas instituições membros da Rede.
O objetivo da ação é estimular a geração de renda e instrumentalizar a população que atua com o turismo comunitário.
“A Rede permite valorizar e divulgar ao carioca e ao visitante todos os nossos pontos conectados à herança africana. Isso descentraliza nosso turismo e gera emprego e renda no subúrbio. Além disso, os locais irão se fortalecer mutuamente e nossa secretaria irá apoiar com capacitação aqueles que recebem os turistas em cada espaço”, ressalta o secretário municipal de Turismo Antônio Mariano.
Desde o início do mês, a prefeitura realiza um cadastro de iniciativas interessadas em fazer parte da rede. Cerca de 50 instituições já foram cadastradas.
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