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RJ: personalidades e cultura negra são maioria nos enredos do Carnaval de 2025

Nove das 12 agremiações que compõem o Carnaval do Rio de Janeiro vão homenagear pessoas negras, religiões de matriz africana ou a negritude
A imagem mostra o cantor e compositor Milton Nascimento, um dos homenageados do Carnaval 2025.

Foto: Bianca Tatamiya/Redes sociais

18 de maio de 2024

 As escolas de samba do Rio de Janeiro já definiram os assuntos que vão levar para a Sapucaí durante os desfiles de carnaval de 2025. Nove das 12 agremiações que compõem o grupo especial vão falar sobre pessoas e cultura negra do Brasil. O sorteio para definir a ordem dos desfiles acontecerá no dia 18 de junho.

A Unidos de Vila Isabel foi a última a divulgar o samba enredo. “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece” será o tema da escola da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Sexta colocada no desfile deste ano, a agremiação vai apresentar histórias assombradas que movimentam o imaginário popular. 

A presença africana no Rio de Janeiro será o tema da Mangueira, que levará para a avenida o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”.

A Acadêmicos do Salgueiro vai mostrar para a Sapucaí o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, que vai explorar a relação humana com a busca pela proteção espiritual.

“Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos” é o tema da atual campeã Viradouro. O enredo vai contar a trajetória de um líder quilombola que, há 200 anos, aprendeu sobre as forças das ervas com os indígenas. 

Considerada a primeira travesti negra do Brasil, Xica Manicongo será levada à Sapucaí pela Paraíso do Tuiuti. Nascida no Congo, a africana foi escravizada e levada para Salvador durante o século 16. 

Maior campeã do carnaval carioca, com 22 conquistas, a Portela vai homenagear um dos mais importantes artistas negros do país, o cantor e compositor Milton Nascimento.

O candomblé será representado pela Unidos da Tijuca que vai apresentar o samba enredo sobre Logun-Edé, orixá de origem Iorubá, filho de Oxóssi e Oxum. As histórias sobre o menino respeitado pelos mais velhos, conforme a sabedoria oral da religião, levará ao público um pouco sobre a diáspora africana.

Atual vice-campeã, a Imperatriz Leopoldinense contará a história da ida de Oxalá ao reino de Oyó com a intenção de visitar Xangô.

O carnavalesco da Beija-Flor Laíla falecido em 2021, vítima de covid-19, será  homenageado pela escola durante o desfile do próximo ano. 

A Acadêmicos do Grande Rio terá como enredo o estado do Pará para 2025.

Já a Unidos de Padre Miguel, que retorna ao Grupo Especial, apresentará “Egbé Iya Nassô”, tema sobre a história da africana Iyá Nassô e do primeiro terreiro de Candomblé do Brasil, o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho (BA).

Por fim, a Mocidade levará o público da Sapucaí a uma viagem intergaláctica, na qual questionará os próximos passos de um manifesto pelo futuro da humanidade.

O texto contém informações da Agência Brasil.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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