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Vestir branco, pular 7 ondas: conheça tradições de ano novo com origem nas religiões afro

Imagem mostra duas mulheres e um homem à beira da praia vestindo branco.

Foto: Pixabay

28 de dezembro de 2023

Durante todo o ano as religiões de matriz africana e afro-brasileiras são alvo de preconceito, intolerância e discriminação por parte dos brasileiros, majoritariamente cristãos (70%), de acordo com dados da pesquisa Global Religion 2023, do Ipsos. Mas nas festas de ano novo, as tradições originárias das religiões afro, como vestir branco e pular sete ondas durante a virada na praia, são adotadas por muitas pessoas, independentemente da religião seguida.

Conheça alguns desses hábitos, que têm origem no candomblé e na umbanda:

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Vestir branco

Vestir branco é a tradição mais conhecida e seguida no Ano Novo, o que nem todos sabem é que branco está ligado ao orixá Oxalá, que simboliza a paz e harmonia nessas religiões

Além do branco, vestir amarelo para “atrair dinheiro”, também é tradição de religiões de matriz africana. Oxum é a orixá do ouro, da beleza e das águas doces.

Jogar flores no mar

Desde 1950, em Praia Grande, litoral paulista, acontece o Encontro das Águas, um ritual de procissão que celebra Iemanjá, a rainha e protetora das águas. Jogar flores e velas no mar também é tradição herdada do candomblé e da umbanda.

Pular 7 ondas

Pular sete ondas na virada do ano é uma tradição originária da umbanda, onde cada pulo é um agradecimento ou pedido para o ano que chega. O número sete representa as Sete Linhas da Umbanda, entendidos como os sete sentidos da vida ou as sete qualidades de Deus nos sete orixás (Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluaiê e Iemanjá). Cada pulo é um pedido a uma entidade. 

Dar três pulinhos com o pé direito enquanto segura uma taça de champanhe, que é jogada por cima do ombro logo em seguida, também tem origem na religiosidade africana para garantir um ano melhor e a bebida está ligada à pombagira. 

Mesa de frutas e uso de incesos e velas

A mesa farta de frutas está relacionada ao orixá das matas, Oxóssi. Acender incensos e velas, aromáticas ou não, para defumar a casa para o ano novo é um hábito africano ligado a limpeza e purificação espiritual, além de afastamento de energias ruins.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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