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Cria de projeto social, Rebeca Andrade chega duas vezes ao pódio em Paris

A ginasta também teve um papel decisivo na competição que garantiu à equipe de ginástica artística a medalha inédita de bronze
Rebeca Andrade comemora após a final do individual geral feminino da ginástica artística durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024

Foto: Loic Venance / AFP

1 de agosto de 2024

Ao conquistar a medalha de prata na final da ginástica individual dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Rebeca Andrade confirmou mais uma vez seu estrelato na modalidade que a acompanha desde a infância, quando ingressou no projeto social Iniciação Esportiva, da Prefeitura de Guarulhos, cidade da região metropolitana de São Paulo.

Nas provas desta quinta-feira (1), a ginasta brasileira terminou a competição com 57.932, ficando atrás apenas de Simone Biles. Em sua performance, Rebeca somou 0.232 a mais do que na qualificatória, o suficiente para superar a estadunidense Sunisa Lee. 

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No salto, Rebeca Andrade obteve uma nota de 15.100. Nas barras assimétricas, ela recebeu 14.666 pontos, enquanto na trave conquistou 14.133. No solo, sua nota foi de 14.033. Esta é a quarta medalha Olímpica de sua carreira. 

Rebeca também teve um papel decisivo na competição que garantiu à equipe de ginástica artística a medalha inédita de bronze nos Jogos Olímpicos. Aos 25 anos, ela garantiu a terceira posição no pódio para sua equipe na terça-feira (30), ao obter 15.100 pontos no salto. A nota também simboliza uma afirmação de seu talento precoce. 

‘Daianinha de Guarulhos’

Aos seis anos, incentivada por sua tia, a jovem atleta começou a treinar no Ginásio Bonifácio Cardoso pela iniciativa da prefeitura. Na ocasião, ela ganhou o apelido de “Daianinha de Guarulhos”, em alusão à ginasta Daiane dos Santos, sua maior inspiração no esporte.

Um vídeo de 2009 que circula nas redes sociais mostra um encontro de Rebeca ainda na infância com as ginastas Daiane dos Santos e Laís Souza. “Às vezes eu não estava conseguindo fazer alguma coisa e elas estavam me ensinando”, expressou a jovem atleta.

Além da prata no individual geral e do ouro do salto em Tóquio (2020), a atleta já conquistou uma medalha de ouro e uma de prata no Mundial de 2021; medalha de ouro e uma de bronze no Mundial 2022 e uma medalha de ouro, três de prata e uma de bronze no Campeonato Mundial de 2023.

Rebeca Andrade comemora medalha de bronze na conquista do terceiro lugar na final da ginástica artística feminina por equipes.
Rebeca Andrade comemora medalha de bronze na conquista do terceiro lugar na final da ginástica artística feminina por equipes. ( Lionel Bonaventure / AFP)

Ao Sesc São Paulo, a ginasta expressou a importância que a Iniciação Esportiva desempenhou em sua trajetória. “Se não tivesse sido por esse projeto, não teriam visto o meu potencial. Eu seria [apenas aquela] criança de quatro anos que fica dando estrelinha na rua, brincando, correndo. Eles acreditaram que eu poderia ser algo além de um talento e, lá na frente, me tornar alguém dentro do esporte.”

No alto escalão, o talento da ginasta não passa despercebido. Durante o lançamento da maior fan fest do mundo em São Paulo (SP), o diretor de marketing do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Gustavo Herbetta, enfatizou sua admiração pela esportista. “Para mim, particularmente, a Rebeca é a maior atleta do Brasil, de longe, ao lado da Rayssa [Leal]”, disse, em entrevista à Alma Preta.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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