PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Ícone do feminismo negro, Paulette Nadal recebe homenagem na abertura das olimpíadas

A jornalista e escritora foi a primeira mulher negra a ingressar em Sorbonne, tradicional universidade francesa
Estátuas de mulheres importantes marcam a abertura dos Jogos Olímpicos, entre elas, está a jornalista Paulette Nadal.

Foto: Reprodução

26 de julho de 2024

Entre as referências à Revolução Francesa, elementos artísticos e o desfile das delegações, a jornalista e escritora Paulette Nadal foi celebrada como parte importante da história do país europeu durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, realizada nesta sexta-feira (26), às margens do Rio Sena.

Apontada como uma das impulsionadoras do desenvolvimento da consciência literária negra, Nadal foi uma das autoras envolvidas na criação do gênero Négritude. Em 1920, foi a primeira mulher negra a ingressar em Sorbonne, a mais tradicional universidade francesa.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Aos 24 anos, a então estudante de inglês, fundou com suas irmãs o renomado salão literário Le Salon de Clamart, que reunia intelectuais negros da África, do Caribe e dos Estados Unidos para compartilhar experiências da diáspora africana.

Em 1931, ao lado de Jane Nardal, ela criou periódico La Revue du Monde Noir (A Revisão do Mundo Negro, em português), que reunia escritos do movimento anti-imperialista, negro e do movimento artístico Renascimento do Harlem.

Como jornalista e autora, ela publicou artigos sobre temas como feminismo negro, que defendiam uma consciência pan-africana e reconheciam as semelhanças dos desafios enfrentados pelas pessoas devido ao racismo e sexismo.

A estátua de Paulette Nadal está entre as heroínas homenageadas nas Olimpíadas. Foram selecionadas mulheres que, ao longo de suas vidas, se destacaram por promover o avanço dos direitos civis das mulheres. 

Além da liderança negra, Olympe de Gouges, Alice Milliat, Gisèle Halimi, Simone de Beauvoir, Paulette Nardal, Jeanne Barret, Louise Michel, Christine de Pizan, Alice Guy e Simone Veil, foram celebradas.

 A revelação das estátuas foi uma das aberturas do capítulo Sororidade da cerimônia de abertura, ao som de uma versão do hino nacional reproduzido por um coro de mulheres na Pont Alexander III, arco que atravessa o rio Sena em Paris.  As estátuas permanentes são um presente da cerimônia para a cidade de Paris.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano