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Rayssa Leal, Rafaela Silva e Rebeca Andrade representam a potência de mulheres negras nas Olimpíadas

Trajetória e presença das atletas na competição mundial inspiram brasileiros que buscam por representatividade feminina no esporte
Na foto, as atletas olímpicas brasileiras Rayssa Leal, Rafaela Silva e Rebeca Andrade.

Foto: Alma Preta Jornalismo

29 de julho de 2024

Rayssa Leal, Rafaela Silva e Rebeca Andrade são três grandes ícones do esporte brasileiro. Além das iniciais dos nomes em comum, as atletas negras representam a diversidade de mulheres negras  brasileiras nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Favorita ao pódio, a maranhense Rayssa Leal conquistou sua segunda medalha olímpica no skate street feminino no último domingo (28). Repleta de brasileiros na torcida, a Praça da Concórdia, em Paris, estremeceu com a celebração do bronze da “Fadinha”, como a esportista  é conhecida.

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A atleta brasileira é a mais jovem da história a ganhar medalhas consecutivas na competição. Com apenas 16 anos, Rayssa quebrou o recorde de 92 anos da americana Dorothy Poynton-Hill, que conquistou o ouro no salto ornamental em 1932 com 17 anos.

A skatista também é a brasileira mais jovem a conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos, feito consagrado em Tóquio (2020), quando celebrou a medalha de prata aos 13 anos. Além disso, Rayssa também soma outros títulos universais: ela é bi campeã mundial de skate street e bicampeã do X Games.

A skatista Rayssa Leal na conquista da medalha de bronze, em Paris. (Gaspar Nóbrega/COB)

Campeã Olímpica na edição do Rio de Janeiro, em 2016, a judoca carioca Rafaela Silva brigou para voltar ao pódio nas Olimpíadas de Paris. Apesar do ótimo desempenho na competição mundial, a veterana foi derrotada, nesta segunda-feira (29), na disputa pelo bronze da categoria até 57 kilos.

Após perder na semifinal para Huh Mimi, da República da Coreia, no golden score, Rafaela enfrentou a japonesa Funakubo Haruka no combate pelo terceiro lugar. Após mais de cinco minutos de golden score, ela foi punida por um golpe irregular e ficou sem a medalha olímpica. 

Sua participação, no entanto, foi uma das mais aguardadas pelos brasileiros. A judoca construiu uma carreira promissora e se destacou ao se tornar campeã mundial sub-20 em 2008. Três anos depois, competindo entre os adultos, ela conquistou a prata no Mundial de Paris. Em Londres 2012, no entanto, foi desclassificada após aplicar um golpe ilegal na húngara Hedvig Karakas.

No ano seguinte, em 2013, Rafaela Silva se redimiu ao se tornar a primeira judoca campeã mundial do Brasil, marcando seu nome na história do esporte nacional. A medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 veio para confirmar a admiração da torcida brasileira pela judoca, que, em 2022, reafirmou seu domínio ao ganhar novamente o título mundial.

Imagem mostra Rafela Silva, atleta do judô brasileiro.
A judoca Rafaela Silva, campeã olímpica nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. (Wander Roberto/COB)

Aos 25 anos, Rebeca Andrade chegou como favorita em Paris após se consagrar campeã do tradicional Troféu de Jesolo, disputado na Itália em maio deste ano. Classificada para cinco finais das Olimpíadas de Paris, a ginasta paulista deve ajudar a ampliar o número de medalhas conquistadas pelo Brasil na modalidade.

Em sua segunda edição olímpica, a brasileira entrou para a história ao conquistar a prata no individual geral em Tóquio (2020), se tornando a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha olímpica na modalidade. Na ocasião, Rebeca ainda levou o ouro no salto e se tornou a primeira atleta do país a faturar duas medalhas em uma mesma edição dos Jogos.

Assim como a admiração dos brasileiros pela atleta, a contribuição de Rebeca para a história da modalidade é inegável. Prova disso é a recente homenagem da Mattel para a ginasta brasileira. Em uma ação especial para divulgar os Jogos Olímpicos, Rebeca Andrade ganhou a própria versão da boneca Barbie e se tornou uma das nove atletas homenageadas pela fabricante.

“Eu nunca imaginei que um dia poderia ser Barbie! […] E mais ainda, o que isso representa para tantas meninas que podem um dia se inspirar na minha história e seguir em frente, sabendo que podem ser o que escolherem ser. Pra mim essa homenagem representa conquista, sonho, um salto de fé”, celebrou nas redes sociais.

A ginasta brasileira Rebeca Andrade, primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha olímpica na modalidade. (Gaspar Nóbrega/COB)

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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