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Olimpíadas: 5 atletas ficaram doentes após provas aquáticas no Rio Sena

A natação no Rio Sena é proibida desde 1923, exceto em raras exceções, devido à toxicidade da água
Paris investiu 1,4 milhão de euros para a despoluição do Rio Sena.

Foto: Getty Images

8 de agosto de 2024

Até o momento, pelo menos cinco atletas adoeceram após nadar no Rio Sena durante as competições aquáticas dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Vasco Vilaça e Melanie Santos, de Portugal, desenvolveram infecções gastrointestinais depois da prova de triatlo, realizada nesta semana. 

Os sintomas de Vilaça são mais severos do que os de Melanie, conforme informações do Comitê Olímpico de Portugal (COP). Além deles, outros três triatletas, entre os mais de 100 que participaram das provas masculina e feminina, também apresentaram problemas de saúde nos dias seguintes, embora não esteja claro se a água foi a causa.

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A atleta belga Claire Michel, por exemplo, precisou desistir da prova de triatlo misto devido a uma infecção causada pela bactéria E. coli. Essa bactéria, que faz parte da microbiota intestinal, pode provocar infecções digestivas quando há contato fecal-oral. 

A brasileira Ana Marcela, que competiu na maratona aquática na manhã desta quinta-feira (8), revelou ter engolido um pouco de água do Rio Sena durante a prova. Em declaração ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), a atleta mencionou alguns problemas enfrentados por competidores na maratona aquática. 

“Teve gente que veio aqui e não saiu se sentindo tão bem, teve gente que ficou meio mareado. Não senti cheiro, nem nada. Vamos ver nos próximos dias. Foram algumas goladas. Vamos torcer para que tudo fique bem”, declarou.

A natação no Rio Sena é proibida desde 1923, exceto em raras exceções, devido à toxicidade da água. Para resolver essa situação, Paris implementou um ambicioso plano de melhorias, que incluiu um investimento de 1,4 bilhão de euros em infraestrutura para permitir a realização de alguns eventos de natação no rio. 

O investimento abrange a construção de uma grande bacia para captar o excesso de águas pluviais e evitar que águas residuais sejam despejadas no rio, além da renovação das infraestruturas de esgoto e modernização das estações de tratamento de águas residuais.

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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