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Olimpíadas: campo de refugiados parou para acompanhar vitória do Sudão do Sul no basquete

É a primeira vez na história que a equipe sul-sudanesa vence; país tem enfrentado inúmeros desafios desde sua independência, em 2011
Apesar da gafe cometida pela organização das Olimpíadas, que tocou o hino errado para o Sudão do Sul, os atletas brilharam na estreia.

Apesar da gafe cometida pela organização das Olimpíadas, que tocou o hino errado para o Sudão do Sul, os atletas brilharam na estreia.

— Reuters/Eloisa Lopez

29 de julho de 2024

Em um feito inédito na história, o Sudão do Sul venceu a primeira disputa no basquete dos Jogos Olímpicos, fato que fez o campo de refugiados de Kakuma, no Quênia, parar para assistir. Contra o time de Porto Rico, os sul-sudaneses triunfaram com um placar de 90-79.

Mas a estreia do Sudão do Sul começou de forma constrangedora, devido a um erro da organização das Olimpíadas de Paris 2024. No momento pré-partida, os jogadores se surpreenderam ao ouvir o hino do Sudão, em vez do hino do Sudão do Sul. A reação inicial foi de vaias e silêncio, mas logo a torcida começou a aplaudir os atletas, que permaneceram com as mãos no peito. Somente após esse gesto de solidariedade é que o hino correto foi tocado.

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Liderados por seu capitão Luol Deng, um ex-jogador da NBA, os sul-sudaneses rapidamente assumiram a liderança da partida com uma defesa sólida e ataques eficazes. Jogadores importantes como Deng e Majok Deng brilharam com suas performances individuais, acumulando pontos e dificultando a recuperação de Porto Rico.

Segundo informações da Association of National Olympic Committees of Africa, a vitória não é apenas a primeira do basquete sul-sudanês, mas também um símbolo de orgulho nacional para o Sudão do Sul. O Sudão do Sul tem enfrentado inúmeros desafios desde sua independência em 2011, e celebra a vitória como um sinal de progresso e esperança para o futuro da juventude e dos esportes no país.

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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