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Pela 1ª vez em Paris, Jogos Paralímpicos tem cenário para começar promissor

Os preparativos da capital francesa foram intensos para que a abertura e os Jogos, que irão prosseguir até 8 de setembro, sejam bem sucedidos
Imagem mostra Arco do Triunfo, em Paris.

Foto: Alex Slitz/Getty Images

28 de agosto de 2024

Os olhares e os corações do mundo estarão novamente voltados para Paris, desta vez a partir desta quarta-feira (28), às 15h, quando terá início a cerimônia de abertura da 17ª edição dos Jogos Paralímpicos, reunindo 4.400 atletas de 168 delegações, empenhados em 22 modalidades. 

Em paralelo ao ocorrido nas Olimpíadas de Paris – cuja abertura não foi realizada em um estádio, mas no próprio Rio Senna e em outros cenários icônicos da capital francesa – a inauguração das Paralimpíadas se dará na Avenida Champs-Elysées,  uma das mais importantes daquela metrópole, terminando no Parque Urbano La Concorde, outro famoso ponto turístico. A expectativa é de que 65 mil pessoas assistam à cerimônia de abertura.  

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Palco do início da cerimônia, a Champs-Elysées é famosa pelas fileiras de árvores, que criam um visual único no coração de Paris. Recebe muitos turistas que desejam conhecer as belezas da capital francesa e fazer compras, mas também tem ligação com o esporte. A avenida constantemente recebe o Tour de France, tradicional competição de ciclismo. Ao mesmo tempo em que já sediou as Olimpíadas por três vezes, em 1900, 1924 e este ano, Paris vai sediar as Paralimpíadas pela primeira vez.

Os preparativos da capital francesa foram intensos para que a abertura e os Jogos, que irão prosseguir até 8 de setembro, sejam bem sucedidos. “Serão os Jogos Paralímpicos mais espetaculares da história”, previu em entrevista coletiva o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC na sigla em inglês), o brasileiro Andrew Parsons. 

“Eu realmente acredito nisso. E depois de estar aqui durante a Olimpíada, não tenho dúvidas sobre isso. É uma combinação de esportes paralímpicos, que estão mais fortes do que nunca, um trabalho fantástico do comitê organizador e uma ótima atmosfera na cidade”.    

Para estes Jogos, o Brasil vai enviar sua maior delegação em Paralimpíadas, com 280 desportistas. A delegação ocupará dois edifícios da Vila Paralímpica. Desses 280 integrantes, 255 são atletas com deficiência, e os demais são 19 atletas-guia (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Trata-se da segunda maior delegação no megaevento, atrás apenas da China, com 280 atletas, sem contar os auxiliares.     

Esta será a maior delegação brasileira em uma edição de Paralimpíadas no exterior. Só não supera os 278 atletas com deficiência (sem contar guias e outros acompanhantes) que competiram em todas as modalidades no Rio de Janeiro, em 2016. 

Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze), ou seja, está a 27 do seu 400º pódio. Em Tóquio-2020, em  sua melhor campanha, os brasileiros obtiveram 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida nos Jogos do Rio 2016, incluindo 14 ouros. Já na capital japonesa, o Brasil conquistou 22 medalhas de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.

O desempenho rendeu ao país a sétima posição no quadro geral de medalhas (atrás de China, Grã-Bretanha, Comitê Paralímpico Russo, EUA, Holanda e Ucrânia). Os atletas verde e amarelos estão vivendo uma grande expectativa para este megaevento. Caso de Edênia Garcia, nadadora de 37 anos, que vai disputar sua sexta edição dos Jogos.

“Vamos ver uma seleção cheia de brasilidade da cabeça aos pés. Vão ter muitos sorrisos na abertura e muitas medalhas”, afirmou a atleta.  Caçula da delegação, com 16 anos, o também nadador Victor Gabriel está motivado por tomar parte dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez: “Passar pela Champ-Elysées é um sonho. Ver Paris vai ser lindo, incrível. Não vejo a hora de chegar o dia.” 

As modalidades programadas para serem disputadas em Paris são:  atletismo paralímpico; badminton paralímpico; basquete em cadeira de rodas; bocha; canoagem paralímpica; ciclismo de estrada paralímpico; ciclismo de pista paralímpico; esgrima em cadeira de rodas; futebol de cegos; golbol; halterofilismo paralímpico; hipismo paralímpico; judô paralímpico; natação paralímpica; remo paralímpico; rugby em cadeira de rodas; taekwondo paralímpico; tênis em cadeira de rodas; tiro com arco paralímpico; tiro esportivo paralímpico; triatlo paralímpico e vôlei sentado.

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  • Jornalista Cláudio Nogueira

    Claudio Nogueira, de 59 anos, é jornalista desde 1986, tendo trabalhado no Jornalismo Esportivo desde 1993. Cobriu as Olimpíadas de 2004, 2008, 2012 e 2016, as Paralimpíadas de 2016, a Copa do Mundo de 2014, dois Mundiais de Basquete, cinco edições dos Jogos Pan-Americanos e vários GPs de F-1, F-Indy e Motovelocidade. Autor de diversos livros, como Futebol Brasil Memória, Os Dez Mais do Vasco, Dez Toques sobre Jornalismo e Esporte – Usina de sonhos e de bilhões.

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