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Alvos da Polícia Federal, Augusto Heleno e Braga Netto foram investigados por crimes no Haiti

Os dois ex-integrantes do governo Bolsonaro são investigados pela operação da Polícia Federal deflagrada na manhã de hoje (8), que indica participação em uma tentativa de golpe de estado
Generais e ex-ministros do governo bolsonarista Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

Foto: Pedro Ladeira

8 de fevereiro de 2024

Augusto Heleno e Braga Netto são alvos de investigação da Polícia Federal, em decorrência de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ambos os personagens já foram pivôs de escândalos políticos envolvendo o Haiti, país que passa por uma grave crise política.

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General Augusto Heleno, ex-ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil, foi o primeiro comandante da missão de paz da ONU no Haiti, liderada pelo Brasil.

A missão ocorreu de 2004 a 2017, e desencadeou diversas denúncias de violências e abusos por parte dos militares brasileiros, incluindo acusações de estupros. Heleno comandou as tropas brasileiras no território haitiano em 2005.

No mesmo ano, as tropas da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) mataram 60 pessoas em Cité Soléi, uma das maiores favelas de Porto Príncipe. 

Braga Netto, por sua vez, já teve seu sigilo telefônico quebrado em uma investigação relacionada à morte do então presidente haitiano Jovenel Moïse, morto a tiros em casa.

A conexão entre o ex-ministro brasileiro e o crime que desestabilizou a política no Haiti se deu em um contrato superfaturado de coletes balísticos utilizados na intervenção federal no Rio de Janeiro, na qual Netto era chefe do gabinete de intervenção.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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