Augusto Heleno e Braga Netto são alvos de investigação da Polícia Federal, em decorrência de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ambos os personagens já foram pivôs de escândalos políticos envolvendo o Haiti, país que passa por uma grave crise política.
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General Augusto Heleno, ex-ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República do Brasil, foi o primeiro comandante da missão de paz da ONU no Haiti, liderada pelo Brasil.
A missão ocorreu de 2004 a 2017, e desencadeou diversas denúncias de violências e abusos por parte dos militares brasileiros, incluindo acusações de estupros. Heleno comandou as tropas brasileiras no território haitiano em 2005.
No mesmo ano, as tropas da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) mataram 60 pessoas em Cité Soléi, uma das maiores favelas de Porto Príncipe.
Braga Netto, por sua vez, já teve seu sigilo telefônico quebrado em uma investigação relacionada à morte do então presidente haitiano Jovenel Moïse, morto a tiros em casa.
A conexão entre o ex-ministro brasileiro e o crime que desestabilizou a política no Haiti se deu em um contrato superfaturado de coletes balísticos utilizados na intervenção federal no Rio de Janeiro, na qual Netto era chefe do gabinete de intervenção.