Maior iniciativa de redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal (REDD+) do mundo, o Fundo Amazônia recebeu R$ 726 milhões de países parceiros em 2023. Esse é o maior valor captado desde o valor de R$ 1,9 bilhão, registrado em 2009.
Os números fazem parte do balanço sobre as ações do Fundo Amazônia em 2023, apresentado no auditório do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), na quinta-feira (1), em Brasília.
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Conforme os dados apresentados, as doações voltaram ao Fundo Amazônia após terem sido interrompidas durante os quatro anos do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre os parceiros, o Reino Unido foi o principal doador, com R$ 497 milhões. Em segundo lugar, ficou a Alemanha, com R$ 186 milhões; seguida de Suíça (R$ 28 milhões) e Estados Unidos (R$ 15 milhões). Ainda existem R$ 3,1 bilhões em doações anunciadas para os próximos anos, dos quais R$ 2,4 bilhões apenas dos Estados Unidos.
As remessas anunciadas e em fase de negociação somam R$ 679,4 milhões. O dinheiro está distribuído da seguinte forma: Noruega (R$ 245 milhões), Reino Unido (R$ 218 milhões), União Europeia (R$ 107 milhões), Dinamarca (R$ 107 milhões) e Estados Unidos (R$ 2,4 milhões).
A expectativa é que as ações realizadas a partir do fundo tenham um impacto significativo na gestão territorial e ambiental, no apoio a povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares para a geração de renda a partir da preservação da floresta, além de fortalecer a atuação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e forças locais nos nove estados da Amazônia Legal.
Criado em 2008, o Fundo Amazônia é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em coordenação com o MMA e apoia projetos alinhados ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), lançado em junho de 2023.
Ao longo do ano, a iniciativa também recebeu propostas — que atualmente estão em análise — como projetos apresentados pelo Ibama, pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e por corpos de bombeiros dos estados da Amazônia Legal.
No ano passado, segundo informações do MMA e do BNDES, o fundo aprovou R$ 1,3 bilhão em projetos e chamadas públicas. De acordo com o BNDES, existem R$ 3 bilhões disponíveis para investimentos, dos quais R$ 2,2 bilhões representam projetos de liberação em estudo.