O Arquivo Nacional, coordenado pela diretora geral Ana Flávia Magalhães, firmou um acordo com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) para especificar um aditivo, planejado pelo governo Lula (PT), para garantia de direito à memória e à história. O acordo foi acompanhado de um novo quadro, demandado pelo Arquivo Nacional, de inclusão “reconhecimento de documentos associados às agendas por direito à memória e às histórias dos povos indígenas, africanos e seus afrodescendentes”.
A reunião, para fechamento dos detalhes, foi feita no dia 24 de agosto, quinta-feira, na sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. O termo garante a entrega de 50 bolsas de estágio para estudante de História da UERJ. Os alunos terão a missão de organizar e descrever fundos documentos existentes em instituições privadas e públicas do Rio de Janeiro, com um compromisso de enfoque em documentos que retratem a memória negra e indígena.
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A reunião do dia 24 contou com a presença de integrantes do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI). Ana Flávia Magalhães Pinto, em entrevista para o site do Arquivo Nacional, afirmou que o órgão, integrante do Ministério da Gestão e da Inovação, “tem um compromisso incontornável com a agenda dos Ministérios dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial, que estiveram presentes no encontro. Não podemos perder qualquer oportunidade de reforçar essas agendas que atravessam o cotidiano de todas as instituições, ainda mais daquelas que lidam com as possibilidades de promoção do direito à memória”.
Ana Flávia Magalhães Pinto é a primeira mulher negra a coordenar o órgão, em 185 anos de história. Ela participou da construção do “Manual de Redação a partir da experiência da Alma Preta”, lançado em agosto.