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Brasil e Barbados discutem cooperação para promoção da memória da escravidão

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) avança em políticas de reparação histórica com possível colaboração do país caribenho
Registro da secretária-executiva Rita de Oliveira e da embaixadora de Barbados no Brasil Tonika Sealy-Thompson.

Foto: Clarice Castro/MDHC

13 de agosto de 2024

Nesta segunda-feira (12), a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Rita de Oliveira, e a embaixadora de Barbados no Brasil, Tonika Sealy-Thompson, discutiram a possibilidade de um acordo de cooperação entre Brasil e Barbados para desenvolver políticas de promoção da memória da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos.

Durante o encontro, foram compartilhadas experiências e desafios enfrentados tanto pelo Brasil quanto por Barbados na condução das políticas de memória da escravidão. Rita de Oliveira e Tonika Sealy-Thompson destacaram a importância de fortalecer os laços institucionais entre os dois países para consolidar a parceria.

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A embaixadora de Barbados sugeriu que a cooperação inclua estratégias para dar visibilidade às narrativas e histórias das mulheres que foram diretamente afetadas pela escravidão. Em resposta, a pasta de Direitos Humanos do Governo Federal se comprometeu a enviar uma missão a Barbados para continuar o diálogo e aprofundar a troca de experiências na valorização da memória e nas políticas de reparação histórica.

Parceria com Barbados se estende a questões ambientais

Em fevereiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com a primeira-ministra de Barbados Mia Mottley para discutir temas de interesses dos dois países, como a Iniciativa de Bridgetown de reforma do sistema financeiro global para enfrentamento das mudanças climáticas.

O nome da iniciativa homenageia a capital de Barbados e, em síntese, busca reformar principalmente mecanismos multilaterais, como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial (FMI), e estabelecer um novo pacto sobre como os países ricos ajudarão os países pobres a enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas.
Outros assuntos abordados foram a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém (PA) em novembro de 2025, e a cooperação na pesquisa marinha entre a costa do Brasil e o Caribe. Mottley cumprimentou o presidente Lula por sua voz global na questão do financiamento e preservação ambiental.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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