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Brasil leva nova política sobre drogas à ONU com foco em redução de danos e impacto ambiental

Proposta inclui prevenção, justiça social e articulação internacional contra o narcotráfico na Amazônia
Sede do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodoc), em Viena, onde o Brasil apresentará a nova política sobre drogas, em março de 2025.

Sede do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodoc), em Viena, onde o Brasil apresentará a nova política sobre drogas, em março de 2025.

— Reprodução/Unodoc

11 de março de 2025

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), participa da 68ª sessão da Comissão de Narcóticos das Nações Unidas (CND). O evento ocorre até o dia 14 de março na sede do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), em Viena, na Áustria.

A delegação brasileira apresentará as diretrizes da nova política sobre drogas, estruturada em três pilares: desenvolvimento alternativo sustentável, prevenção ampliada e redução de danos associada ao acesso a direitos e à justiça social. O grupo é composto por integrantes da Senad e do Ministério das Relações Exteriores.

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Políticas sobre drogas e meio ambiente

Na plenária de abertura, na segunda-feira (10), o Brasil apresentou um texto-base inédito que relaciona política sobre drogas e meio ambiente. Construída em parceria com França e Marrocos, a resolução destaca a responsabilidade compartilhada entre os países no combate ao narcotráfico, especialmente na região amazônica. 

Além da resolução, a delegação brasileira participará de pelo menos 15 painéis e eventos paralelos. Ontem a secretária nacional de Políticas sobre Drogas, Marta Machado, abriu a participação do Brasil no painel Política Ambiental e Políticas de Drogas: Rumo a uma Mudança de Paradigma, organizado pelo governo da Colômbia.

Redução de danos e perspectivas internacionais

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos também promoverá um evento sobre redução de danos sob a perspectiva latino-americana. Segundo Marta Machado, o Brasil busca ampliar o debate sobre o tema, alinhando-se ao modelo adotado em Portugal, que foca na redução de vulnerabilidades sociais e de saúde.

No ano passado, os Estados Unidos propuseram e aprovaram uma resolução sobre redução de danos, voltada principalmente para a crise de overdoses de fentanil. O Brasil apoiou e copatrocinou o texto, mas pretende expandir a abordagem para o contexto social da América Latina.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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