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Eleições de 2024 têm recorde de candidatos LGBTQIAPN+ eleitos 

Ao todo, cerca de 225 pessoas LGBTQIAPN+ foram eleitas em 190 cidades de 22 estados, a maior participação já registrada
A imagem mostra uma pessoa se cobrindo com a bandeira LGBTQIAPN+.

Foto: Julio Cesar Aguilar / AFP

8 de outubro de 2024

O Brasil registrou recorde de candidaturas LGBTQIAPN+ eleitas nas eleições municipais de 2024. Segundo o levantamento da ONG Vote LGBT, 225 candidatos foram eleitos, número que representa um aumento de 130% em relação ao pleito de 2020.

O levantamento considerou os dados de autoidentificação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coletados no momento da inscrição da candidatura. Essa foi a primeira vez em que o TSE permitiu o registro de identidade de gênero e orientação sexual. 

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As 225 pessoas foram eleitas em 190 cidades de 22 estados. Nas capitais, 28 pessoas LGBTQIAPN+ foram eleitas para o legislativo e o executivo, das quais 22 são mulheres e cinco se autodeclararam como trans ou travestis. A cidade de Porto Alegre (RS) foi o local com mais eleitos, somando cinco pessoas.

Apenas três cidades conseguiram eleger candidaturas LGBTQIAPN+ para chefiar as prefeituras. Em Altinópolis (MG) e Santa Bárbara do Tegúrio (MG), dois homens cisgênero e homossexuais foram eleitos como prefeitos. A cidade baiana de Bonito terá um homem assexual no posto.

O Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) somaram a maioria das candidaturas, com 61, 26 e 18 pessoas eleitas, respectivamente.

Mesmo com o recorde de eleitos neste ano, a população LGBTQIAPN+ segue sub representada nas esferas da política institucional. Todas as candidaturas eleitas representam cerca de 3,5% do território nacional. 

“Ainda há desafios a enfrentar. A falta de programas de educação sobre diversidade no Brasil gera um entendimento desigual sobre as identidades dissidentes, especialmente nas áreas mais remotas, o que pode comprometer a precisão no preenchimento dos registros na justiça eleitoral”, diz a ONG em nota à imprensa.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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