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Embaixador palestino pede na ONU condenação por mortes em entrega de ajuda humanitária

Segundo Ministério da Saúde da Palestina, mais de 110 pessoas foram mortas enquanto aguardavam comboios de ajuda humanitária
Povo palestino participa das orações do meio-dia de sexta-feira em frente às ruínas da mesquita al-Faruq, destruída pelos ataques israelenses em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de março de 2024.

Foto: Said Khatib/AFP

1 de março de 2024

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, pediu ao Conselho de Segurança da organização que condenasse a morte de mais de 100 pessoas na Faixa de Gaza, após ataque durante uma operação de distribuição de alimentos no território.

“O Conselho de Segurança deveria dizer basta”, declarou Mansour.

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Na madrugada de quinta-feira (29), uma multidão faminta aguardava a chegada de comboios de ajuda humanitária na rua Al Rashid, localizada perto de uma rotatória no oeste de Gaza.

De acordo com os serviços de saúde do território palestino e diversas testemunhas, soldados israelenses posicionados perto do comboio atiraram nas pessoas que corriam em direção aos caminhões. Segundo o Ministério da Saúde do território palestino, 112 pessoas morreram e 760 ficaram feridas.

“Este massacre atroz é um testemunho de que, enquanto o Conselho de Segurança estiver paralisado e vetado, isso está ceifando a vida do povo palestino”, afirmou o diplomata.

Segundo a Agence France-Presse (AFP), Mansour se reuniu com a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, e implorou para o Conselho de Segurança condenar o ocorrido e punir os responsáveis pelo o que classificou como massacre. Se o Conselho de Segurança tiver “coragem e determinação para impedir que estes massacres se repitam, o que precisamos é de um cessar-fogo“, afirmou Mansour.

Os Estados Unidos é um dos cinco membros permanentes do Conselho de 15 membros e dispõem de um direito de veto que, como maiores aliados de Israel, exerceram em três ocasiões até agora para impedir a aprovação de resoluções pedindo um cessar-fogo imediato no território palestino.

O incidente desta quinta se soma ao total de mortes de palestinos que, segundo o Ministério da Saúde, superou 30 mil, a maioria mulheres e crianças.

Comunidade internacional condena ataques

A Alemanha e a França pediram uma investigação sobre o incidente que vitimou mais de 110 vidas em Gaza. Itália, Espanha e China afirmaram que uma trégua é “urgente”, enquanto o último país garantiu a entrega de ajuda humanitária ao local.

A Arábia Saudita, condenou “os ataques das forças de ocupação contra civis indefesos”. A Liga Árabe criticou um “ato bárbaro e brutal que despreza totalmente a vida humana”. O Catar, um dos principais mediadores na guerra, pediu uma “ação internacional para acabar de maneira imediata com a agressão (israelense)”.

O Conselho de Segurança se reuniu em caráter de urgência depois que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, se declarou em “choque” com a tragédia e pediu uma “investigação independente eficaz”.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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