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Ex-assessor de secretário demitido por apologia ao nazismo vai trabalhar na Palmares

Marco Frenette é ex-assessor do antigo secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, que foi o nome dentro do governo de Jair Bolsonaro que indicou Sérgio Camargo à presidência do órgão

Texto: Redação | Imagem: Reprodução

secretário

17 de março de 2021

Marco Frenette, ex-assessor do antigo secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, demitido por apologia ao nazismo, será nomeado para trabalhar na Fundação Cultural Palmares, órgão público de promoção à cultura negra. A informação foi divulgada pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.

A coluna diz que o presidente do órgão, Sérgio Camargo, informou que Frenette será coordenador-chefe do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra. Na semana passada, membros da direção do órgão assinaram uma carta de demissão coletiva em que acusam Camargo de autoritarismo.

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O ex-secretário da Cultura, Alvim, é o padrinho político de Camargo. Ele foi o nome dentro do governo de Jair Bolsonaro (Sem partido) que indicou o jornalista ao cargo mais importante da Palmares. Alvim foi exonerado de sua atividade no governo em 17 de janeiro de 2020 após ter feito um pronunciamento similar ao de Joseph Goebels, ministro da propaganda da Alemanha nazista.

O antissemita radical e um dos idealizadores do nazismo ao lado de Adolf Hitler afirmou em meados do século 20 que a “arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”. Em vídeo publicado nas redes sociais da Secretaria Especial da Cultura, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”.

No fim de 2019, quando Camargo foi alvo de um protesto de organizações do movimento negro por ter sido nomeado para presidir o órgão, o então secretário da Cultura convocou uma reunião com todos os funcionários em tom ameaçador, conforme noticiado pela Alma Preta.

Na ocasião, Alvim também disse uma frase que se confirmou nos meses seguintes. “Eu posso cair, mas o Sérgio não cai”. Atualmente, Camargo é investigado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por assédio moral contra funcionários.

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