O governo de Donald Trump afirmou que não há racismo estrutural nos Estados Unidos e que políticas de diversidade promovem discriminação contra brancos. Em carta enviada em 14 de fevereiro de 2025 pelo Escritório para Direitos Civis do Departamento de Educação dos EUA, todas as universidades e institutos de ensino foram orientados a desmantelar programas voltados à diversidade.
O descumprimento da determinação pode resultar na perda de recursos federais. O documento foi obtido pelo portal de notícias UOL.
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Governo alega discriminação contra brancos
O governo baseia a decisão na interpretação de princípios dos movimentos civis dos anos 1960, argumentando que nenhuma pessoa deve ser discriminada pela cor da pele. Segundo a administração, esses programas criam vantagens indevidas para minorias e violam o princípio da igualdade de tratamento.
O documento cita o Título VI da Lei de Direitos Civis de 1964 e a Cláusula de Proteção Igualitária da Constituição dos EUA como respaldo legal para a medida. A carta reforça que a discriminação por raça, cor ou nacionalidade é ilegal e inaceitável, incluindo casos em que políticas favorecem minorias.
Universidades podem perder financiamento federal
Universidades e institutos de ensino que contam com programas de diversidade podem enfrentar cortes bilionários em financiamento federal caso não cumpram a nova diretriz. A decisão representa uma mudança na política educacional, impactando diretamente iniciativas que promovem inclusão racial e equidade no ensino superior.
Organizações defensoras dos direitos civis criticam a decisão e alertam para os efeitos da medida na representatividade de grupos historicamente marginalizados. A retirada de programas de diversidade pode dificultar o acesso de minorias à educação superior e aprofundar desigualdades já existentes.
Lideranças acadêmicas e movimentos sociais se posicionaram contra a medida, classificando-a como um retrocesso nas políticas de igualdade racial. Especialistas apontam que essa decisão ignora o histórico de discriminação racial nos EUA e o papel das ações afirmativas na mitigação dessas desigualdades.
Por outro lado, aliados do governo defendem a decisão como uma garantia de tratamento igualitário para todos os cidadãos. Eles argumentam que políticas de diversidade criam privilégios indevidos e que a igualdade de oportunidades deve ser baseada no mérito individual.