O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfatizou a urgência de ações imediatas no Haiti durante sua participação na cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom), ocorrida nesta quarta-feira (28) em Georgetown, Guiana.
Durante o evento, foram anunciados acordos políticos relacionados ao Haiti, país marcado pela violência e pela crise humanitária.
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Em seu discurso perante os líderes da Caricom, Lula destacou a necessidade de agir rapidamente para aliviar o sofrimento da população haitiana, que enfrenta uma situação de crise exacerbada pela violência de gangues e pelos recentes protestos que exigem a saída do primeiro-ministro Ariel Henry.
O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, informou que Henry concordou em “compartilhar o poder” com a oposição como parte de um acordo que pavimenta o caminho para eleições dentro de um ano.
Henry assumiu o governo após a morte do presidente Jovenel Moïse em julho de 2021 e, segundo o acordo firmado anteriormente, ele deveria deixar o cargo em fevereiro deste ano.
Browne ressaltou os avanços alcançados nas negociações e expressou confiança de que um acordo poderá ser concretizado em breve, reunindo tanto o governo quanto a oposição em torno de um compromisso que fortaleça as instituições democráticas e estabeleça um calendário claro para as próximas eleições presidenciais.
“Não se trata apenas de ter um grupo provisório de partilha de poder para governar o Haiti, mas sim das questões de fortalecimento institucional, restauração da máquina eleitoral, das instituições democráticas e, ao mesmo tempo, fixar uma data firme, possivelmente dentro dos próximos 12 meses, para as eleições presidenciais”, acrescentou Browne ao debate .
Líderes mostram apoio
Durante a cúpula, os líderes da Caricom manifestaram preocupação com a situação no Haiti e buscaram um “esforço coletivo” para apoiar o país, conforme destacou o presidente da Guiana, Irfaan Ali.
Entre as iniciativas discutidas está o envio de forças multinacionais para auxiliar no combate às gangues, com o apoio de parceiros internacionais.
O Benin anunciou recentemente o envio de 2 mil soldados ao Haiti como parte dessa missão. Browne ressaltou a importância de países como Estados Unidos, França e Canadá assumirem uma responsabilidade maior na resolução da crise no Haiti, evitando que os países em desenvolvimento suportem todo o ônus dos sacrifícios necessários.