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Ministério anuncia medidas de proteção após ataque a assentamento do MST no interior de SP

Após ataque que deixou três mortos e feriu cinco no interior paulista, pasta dos Direitos Humanos e Cidadania propõe ações para garantir justiça, proteção e direitos humanos à população em situação de vulnerabilidade
Assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no Vale do Paraíba (SP). O local foi palco do assassinato de três assentados no dia 10 de janeiro.

Assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no Vale do Paraíba (SP). O local foi palco do assassinato de três assentados no dia 10 de janeiro.

— Reprodução/MST

14 de janeiro de 2025

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou nesta segunda-feira (13) um conjunto de medidas para assegurar direitos e proteger populações vulneráveis após o ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo. 

A violência, ocorrida na noite de 10 de janeiro, deixou três mortos, cinco feridos, incluindo crianças e idosos.

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De acordo com relatos de testemunhas, homens armados invadiram o assentamento por volta das 23h, utilizando carros e motos para disparar indiscriminadamente contra os moradores. Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 52, morreram no local. Outras vítimas foram levadas ao Hospital Regional de Taubaté, a cerca de 8 km do local do crime.

O MDHC classificou o crime em Tremembé como um “grave ataque” e destacou a urgência de fortalecer políticas de proteção aos defensores de direitos humanos. Além disso, anunciou medidas para enfrentar o contexto de violência e garantir justiça e dignidade às vítimas e comunidades afetadas.

Medidas anunciadas pelo governo federal:

Apuração rigorosa e justiça: o ministério defendeu a investigação célere e eficaz dos ataques, com responsabilização dos envolvidos. Destacou a necessidade de atuação coordenada entre sistemas de Justiça e Segurança Pública.

Fortalecimento das políticas públicas de proteção: a pasta propôs a intensificação de políticas que promovam o acolhimento, acesso a direitos e segurança para populações vulneráveis, em articulação com esferas municipal, estadual e federal.

Promoção de diálogos interinstitucionais: O MDHC sugeriu reuniões conjuntas entre órgãos de direitos humanos, segurança e assistência social para traçar estratégias preventivas e coordenadas contra a violência.

Campanhas de conscientização: por fim, o órgão governamental reafirmou a importância de campanhas educativas para combater preconceitos, promover o respeito à população vulnerável e fomentar uma convivência inclusiva.

O ministério também anunciou que oferecerá assistência e proteção às lideranças do assentamento e aos moradores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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