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Ministério dos Direitos Humanos anuncia pedido de apuração de violência policial em SP

Caso do policial que arremessou homem de ponte em Diadema reforça alerta para abuso de poder
Imagem de um policial militar jogando um homem de uma ponte em Diadema, na Grande São Paulo. O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) emitiu uma nota em repúdio a violência policial em São Paulo.

Imagem de um policial militar jogando um homem de uma ponte em Diadema, na Grande São Paulo. O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) emitiu uma nota em repúdio a violência policial em São Paulo.

— Reprodução/Redes Sociais

4 de dezembro de 2024

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) emitiu, na manhã desta quarta-feira (4), uma nota de repúdio aos atos de violência policial ocorridos em Diadema, na Grande São Paulo, durante a madrugada da última segunda-feira (2). O caso, que gerou repercussão ao exibir imagens de um policial militar do 24º Batalhão jogando um homem de uma ponte, mobilizou entidades de direitos humanos.

Na nota, o ministério liderado por Macaé Evaristo condena qualquer ação de agentes do Estado que ultrapassem os limites do uso legítimo da força, reafirmando o compromisso com a apuração rigorosa do ocorrido. A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos acionará a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para que o caso seja investigado com celeridade. Entre as ações previstas, estão a designação de um delegado especial e o envolvimento da Corregedoria da Polícia Militar para adoção das medidas cabíveis.

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“Causa mais indignação que este não seja um episódio isolado, e que somente a gravação do vídeo possibilitou o conhecimento público desta truculência policial”, destacou o ministério.

Além das medidas investigativas, o MDHC reforçou o papel do Disque 100, canal que acolhe denúncias de violência policial, garantindo anonimato e atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana. “É missão das forças de segurança atuar estritamente em conformidade com protocolos que assegurem o respeito aos direitos humanos. Qualquer comportamento fora desse limite deve ser investigado e penalizado”, concluiu o órgão.

A Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo também se pronunciou sobre o caso. Em nota divulgada na terça-feira (3), Paulo Sérgio de Oliveira, procurador-geral de Justiça, classificou o ato como “estarrecedor e inadmissível”, afirmando que as imagens evidenciam uma grave violação de conduta. 

“Os agentes de segurança tinham o dever funcional de conduzir o suspeito, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada. Segurança pública só se faz dentro dos limites da lei, nunca fora deles”, frisou.

O Ministério Público paulista anunciou que o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) será acionado para atuar ao lado do promotor natural do caso. A Procuradoria ainda garantiu na nota que esforços serão envidados para que os responsáveis sejam punidos de forma exemplar, ressaltando a necessidade de reforçar o controle externo da atividade policial.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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