Nesta quarta (22) e quinta-feira (23) o Ministério da Saúde realiza uma oficina de comunicação voltada ao fortalecimento da saúde da população negra. O evento será realizado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília.
As atividades visam ampliar a visibilidade da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), iniciativa da pasta no combate às desigualdades no Sistema Único de Saúde (SUS) e de promoção da saúde da população negra.
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A oficina busca atingir os representantes de mídias que atuem em pautas relacionadas aos temas de saúde e racismo em todas as regiões do país. O objetivo é mobilizar os comunicadores para o enfrentamento à desigualdade racial na área da saúde.
Dados do Painel Saúde da População Negra, lançado pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2024, mostram que apenas 371 dos mais de 5 mil municípios brasileiros contam com setores para coordenação e monitoramento de iniciativas voltadas para pessoas negras.
Para Luís Eduardo Batista, assessor especial para a Equidade Racial em Saúde do ministério, a ampliação do debate da política nacional é também importante para que a sociedade se aproprie da iniciativa.
“Estamos preocupados com a questão da comunicação e, por isso, empenhados na construção desse processo com comunicadores comprometidos com estas pautas”, declara.
Programação da oficina
No dia 22, a abertura da oficina, às 9h, vai contar com as presenças de Luís Eduardo Batista, da diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, e da assessora especial de Comunicação do Ministério da Saúde, Myrian Pereira, mediados pelo pesquisador da Fiocruz, Andrey Lemos.
A partir de 10h, a programação segue com o painel A Política Nacional de Promoção da Saúde Integral da População Negra, ministrado por Lemos e pela pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Marly Cruz.
À tarde, o Painel Estratégias de Comunicação para o Fortalecimento da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra vai reunir a doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), jornalista e escritora, Rosane Borges, e a pesquisadora do Laboratório de Estudo e Pesquisa sobre Comunicação Comunitária (LECC) e Grupo de Estudos Muniz Sodré de Relações Raciais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniela Araújo, com a mediação da diretora-geral do Instituto Commbne – Comunicação baseada em Inovação, Raça e Etnia, Midiã Noelle.
No segundo dia, os participantes serão divididos em grupos de trabalho para discutir ações de comunicação não hegemônicas que favoreçam a divulgação do plano e o debate em torno da equidade racial em saúde, de acordo com perguntas orientadoras.
À tarde, apresentação dos resultados, sistematização de propostas, pactuação de encaminhamentos, seguidas de plenária final e avaliação da oficina encerram o evento.