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Ministra Macaé Evaristo defende emancipação dos povos negros e indígenas em evento na UFMG

Ministra dos Direitos Humanos exalta importância das cotas e reforça necessidade de um ambiente acadêmico plural e antirracista em abertura do Novembro Negro na instituição mineira
Imagem da ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, durante evento do Novembro Negro na Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Foto: Raul Lansky

6 de novembro de 2024

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou nesta segunda-feira (4) da abertura do Novembro Negro na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Em seu discurso, a ministra destacou as conquistas e desafios da luta antirracista e o papel fundamental das universidades no fortalecimento da diversidade e dos Direitos Humanos. Macaé chamou atenção para o impacto da política de cotas na ampliação do acesso à educação superior, ressaltando que o movimento negro foi decisivo para garantir maior inclusão nas universidades brasileiras.

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Durante o evento, a ministra enfatizou que a presença de estudantes negros nas universidades representa uma conquista importante, mas reforçou a necessidade de uma abordagem antirracista mais ampla dentro das instituições de ensino. 

“Muitas vezes, as pessoas pensam que, em uma universidade como a UFMG, a luta antirracista se materializa nas cotas e na entrada de estudantes negros. Isso, sem sombra de dúvida, é muito importante. Porém, é necessário que a luta antirracista seja feita na universidade também do ponto de vista epistemológico e por meio da priorização de temas e pautas essenciais para a emancipação dos povos negros e indígenas”, declarou, segundo nota ministerial.

Macaé Evaristo sublinhou a importância de um ambiente acadêmico onde os saberes dos povos negros e indígenas possam ter espaço e contribuir para o fortalecimento da democracia e da dignidade humana.

 “O nosso desejo é de um povo que, em sua pluralidade, tenha os seus direitos respeitados, tenha a sua humanidade respeitada”, acrescentou, em defesa de uma universidade que valorize todas as vozes e conhecimentos, sem perder a qualidade e a excelência.

Na mesma linha, a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, ressaltou a importância de uma luta antirracista constante no ambiente universitário, especialmente em tempos de retrocesso. 

“Para nós, é algo óbvio, mas para muitas pessoas não é, então é sempre importante reiterar: a pauta antirracista é imprescindível para que possamos construir uma universidade e uma nação cada vez mais justa e mais equânime”, afirmou.


Ao final da conferência, o público recebeu a escritora Conceição Evaristo, que subiu ao palco para recitar, de improviso, um de seus poemas. Aclamada pelo público, Conceição compartilhou uma obra que dialoga com o tema da conferência e reforça a necessidade de resistência e luta por um Brasil mais inclusivo e respeitoso com sua diversidade.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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