Seis das 26 capitais brasileiras terão prefeitos que se autodeclaram negros no próximo ciclo eleitoral. O número representa uma diminuição em relação à última eleição municipal, realizada em 2020, quando oito pessoas pardas assumiram cargos no Executivo municipal.
Apesar da redução, a quantidade ainda é superior a de negros eleitos a prefeituras em 2016, quando apenas quatro pessoas autodeclaradas pardas venceram. Antes de 2016, não se registrava a autodeclaração de cor ou raça.
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Segundo o levantamento publicado pela Folha de SP, todos eles são homens registrados como pardos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e atuam em partidos conservadores.
No primeiro turno, foram eleitos Tião Bocalom (PL), em Rio Branco, Arthur Henrique (MDB), em Boa Vista, e João Henrique Caldas (PL), em Maceió. No segundo, Cícero Lucena (PP) venceu em João Pessoa, Sebastião Melo, em Porto Alegre, e David Almeida (Avante), em Manaus.
Em 2025, um total de 1.850 negros vão assumir a lideranças de prefeituras, o que representa um aumento de 57 pessoas em relação ao pleito anterior. Desses, 127 se autodeclararam pretos e 1.723, pardos. Esses dados consideram apenas os candidatos com situação válida, que não tiveram seus resultados anulados judicialmente.
Conforme aponta a análise, os prefeitos negros correspondem a 33,5% de todos os eleitos para os cargos Executivos municipais. A maioria é composta por pessoas brancas, que representam 65,8% do total. Amarelos e indígenas respondem por 0,2% cada grupo.
* Com informações da Folha de SP.