Nesta quinta-feira (5), a ONG Me Too, que atua no combate ao assédio sexual, anunciou o recebimento de denúncias contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. Em um comunicado à imprensa, a organização destacou que as denúncias foram feitas pelos canais de atendimento, e as vítimas, que segundo a ONG são 14, receberam suporte psicológico e jurídico.
Segundo a ONG Me Too, as denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida foram feitas por mulheres. As vítimas pediram anonimato e relataram dificuldades para validar suas denúncias. Além disso, os episódios teriam ocorrido no ano passado, com uma das vítimas sendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Anielle ainda não se manifestou, mas a primeira-dama Janja expressou seu apoio a ela em uma postagem no Instagram.
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De acordo com informações divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja se reunir, de forma individual, com o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para discutir as alegações de assédio sexual que envolvem Almeida.
O ministro negou as acusações feitas contra ele em nota e em vídeo publicado nas redes sociais. Ele afirma que as denúncias são mentirosas e sem provas, e que buscará responsabilizar os denunciantes.
Além disso, Almeida relaciona as acusações à sua identidade como homem negro em posição de destaque, e pediu uma investigação rigorosa, baseada em fatos reais. No vídeo, o político denuncia uma campanha para difamá-lo e silenciar sua voz.
Silvio Almeida solicitou que a Controladoria-Geral da União, o Ministério da Justiça e a Procuradoria-Geral da República realizem uma investigação sobre o assunto. Por sua vez, o Palácio do Planalto informou que a Comissão de Ética da Presidência decidiu iniciar um procedimento de investigação sobre o caso.
“O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, diz a nota oficial.