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Presidente do STF propõe bolsas à magistratura para pessoas negras

Ministro se reuniu com representantes de empresas para discutir programa que também deve beneficiar indígenas e pessoas com deficiência
A imagem mostra a escultura da justiça, localizada em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Federal.

Escultura da justiça, localizada em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Federal.

— Marcello Casal Jr/Agência Brasil

13 de março de 2024

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, promoveu uma reunião com representantes de empresas e entidades, nesta segunda-feira (11). O objetivo foi discutir a viabilização de um programa de bolsas de estudos voltado para pessoas negras, indígenas e com deficiência interessadas em ingressar na magistratura. Durante o encontro, estratégias para concretizar o projeto por meio de doações da iniciativa privada foram abordadas.

A iniciativa é uma das prioridades do ministro Barroso para ampliar o acesso de pessoas negras, indígenas e com deficiência à carreira jurídica. “Temos a oportunidade de mudar o Brasil. Pelo menos o Poder Judiciário vamos mudar de forma significativa”, destacou o ministro conforme publicação. Ele ainda anunciou que em breve realizará um chamamento público para empresas e entidades interessadas em contribuir.

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As bolsas serão destinadas a candidatos aprovados no Exame Nacional da Magistratura (ENAM), uma prova nacional que serve como requisito para participação nos concursos promovidos pelos tribunais. A nota de corte é de sete para o público em geral e de cinco para candidatos negros, indígenas e com deficiência. A proposta é que os aprovados recebam um auxílio mensal para se dedicarem aos estudos para a magistratura.

Dos aproximadamente 50 mil inscritos no primeiro ENAM, agendado para 14 de abril, dados parciais revelam que 10.946 se autodeclararam pretos ou pardos, 1.958 possuem deficiência e 129 são indígenas. A coordenação do programa de bolsas será conduzida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Exame Nacional da Magistratura

Em fevereiro deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou um programa para promover a diversidade no Judiciário por meio da concessão de bolsas para cursos preparatórios voltados para pessoas negras, indígenas e pessoas com deficiência (PcD).

Na ocasião, o ministro do STF afirmou que a ação visava eliminar as barreiras ao exercício e proporcionar direitos de cidadania para todas as pessoas.
“Maior inclusão e maior diversidade na magistratura fortalecem a carreira e aumentam a representação da sociedade, o que é benéfico para todos”, disse Barroso, durante a cerimônia de assinatura do acordo, que também prevê apoio psicológico e bolsa manutenção por dois anos.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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