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Primeira Frente Parlamentar do Funk é lançada na Assembleia Legislativa de SP

Iniciativa visa valorizar movimentos culturais marginalizados e promover mais espaços públicos para a cultura
Registro do lançamento da primeira Frente Parlamentar do Funk na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, promovida nesta quarta-feira (14).

Foto: Rodrigo Romeo/Alesp

17 de agosto de 2024

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) lançou a primeira Frente Parlamentar do Funk. A iniciativa, promovida pela deputada estadual Ediane Maria (PSOL), contou com a presença de diversas personalidades ligadas ao gênero musical e à cultura periférica.

Durante a cerimônia, a deputada Ediane destacou a importância da Frente para a valorização de movimentos culturais historicamente marginalizados. Ela enfatizou a necessidade de criar mais espaços públicos para a cultura. “O nosso objetivo é ouvir as várias vozes que ocupam o funk e que ocupam a periferia”, afirmou. 

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A Frente Nacional de Mulheres do Funk, uma das entidades envolvidas na articulação da Frente Parlamentar, participou da cerimônia de lançamento na quarta-feira (14). Renata Prado, líder da organização, denunciou o preconceito enfrentado pelos artistas do funk, atribuindo-o ao histórico racista do Brasil.

 “Percebemos que esses jovens não desfrutam das políticas públicas garantidas pela Constituição. Eles têm o direito de ocupar os espaços públicos e participar da disputa política por meio da participação social”, defendeu Renata.

O artista e produtor Murillo Santos, conhecido como MU540, celebrou o lançamento da Frente como um marco histórico para a comunidade do funk. Santos ressaltou a importância da representação da periferia em espaços públicos. “Cada vez mais gente tem que estar por aqui – na Assembleia – para dar a sua opinião. Isso é algo de todos nós”.

A Frente Parlamentar é uma associação suprapartidária de deputados destinada a promover discussões e aprimorar políticas públicas voltadas para setores específicos.

Maria Cristina Quirino, integrante do Movimento de Familiares das Vítimas do Massacre de Paraisópolis e pesquisadora do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF), também participou do evento.

Ela destacou a importância da segurança e da expressão cultural na periferia e, emocionada, leu um poema em homenagem ao seu filho, vítima do massacre ocorrido em dezembro de 2019 durante um baile funk na comunidade da Zona Sul.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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