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Projeto de lei busca facilitar acesso de pessoas em situação de rua à documentação

Exclusão documental impede atendimento em programas sociais, saúde e educação
Dados apontam que o Brasil possui 271,6 mil pessoas em situação de rua no país.

Foto: Jorge Araujo / Fotos Publicas

10 de abril de 2024

Um projeto de lei que tramita na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal propõe que pessoas em situação de rua tenham atendimento prioritário e gratuito em todos os serviços públicos de emissão de documentos pessoais básicos. 

A proposta apresentada pela senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) defende que o direito de acesso à documentação é fundamental para a promoção da igualdade de oportunidades e o pleno exercício da cidadania. 

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Para a parlamentar, no Brasil a exclusão documental é resultado da ineficiência da política para acesso à documentação civil básica, como certidão de nascimento ou casamento, carteira de identidade, título de eleitor, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), entre outros.

“É notória a imensa dificuldade que esse segmento da população tem no acesso aos documentos, sem os quais torna-se impossível o atendimento pelos diversos serviços públicos de que necessitam em razão de sua vulnerabilidade”, afirmou à Agência Senado.

Caso aprovada, a medida deve agilizar os processos para recebimento de benefícios assistenciais e acompanhamento socioassistencial, além da obtenção de atendimento pelo Sistema Único de Saúde ou acesso à educação formal, bem como serviços prestados pelas instituições financeiras.

Dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, apresentados pela senadora, apontam que o Brasil possui 271,6 mil pessoas em situação de rua.

Dessas, 70% são negras, 93% vivem na extrema pobreza, 87% são do sexo masculino, 86% têm entre 18 e 59 anos, 3% são crianças ou adolescentes e 11% são idosos. Quanto à educação, 60% possuem ensino fundamental incompleto e 11% são analfabetos.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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