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STF prorroga inquérito contra Silvio Almeida por importunação sexual

Investigação, que envolve a ministra Anielle Franco, segue sob sigilo e terá mais 60 dias para conclusão pela Polícia Federal
O ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida.

O ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida.

— Antônio Cruz/Agência Brasil

18 de fevereiro de 2025

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prorrogação por 60 dias do inquérito que investiga o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por importunação sexual. O caso envolve a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e segue sob sigilo.

A Polícia Federal (PF) solicitou mais tempo para concluir as investigações. Entre as diligências pendentes está o depoimento de Silvio Almeida, que ainda não foi ouvido e deve ser um dos últimos a prestar esclarecimentos. Anielle Franco já foi ouvida em outubro de 2024.

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Mendonça autorizou a investigação em razão de as acusações terem ocorrido quando Almeida ainda ocupava o cargo de ministro. Após a conclusão do inquérito, a Polícia Federal poderá indiciá-lo ou arquivar o caso, conforme os resultados da apuração.

Acusações contra Silvio Almeida

As denúncias contra Silvio Almeida surgiram em setembro de 2024. A ONG Me Too, que apoia vítimas de violência sexual, afirmou ter acolhido 14 relatos de assédio supostamente praticados por Almeida, incluindo um episódio envolvendo a ministra Anielle Franco.

Os relatos foram divulgados inicialmente pelo portal Metrópoles e pelo jornal Folha de S. Paulo. Com a repercussão, Almeida foi exonerado do cargo em 6 de setembro por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que considerou a permanência do então ministro “insustentável” diante da gravidade das acusações de importunação sexual.

No mesmo dia, Anielle Franco fez seu primeiro pronunciamento público sobre o tema. Sem citar diretamente Silvio Almeida, a ministra pediu respeito ao seu espaço e direito à privacidade e reforçou a importância de proteger vítimas de violência e evitar tentativas de “desqualificar, constranger ou pressionar” mulheres que denunciam abusos.

Desde o início do caso, Silvio Almeida nega as denúncias. Em nota publicada logo após a sua exoneração, afirmou repudiar as acusações, que classificou como “mentiras” e “ilações absurdas”.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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