O Brasil possui a 4ª maior população carcerário do mundo. Apesar de possuir apenas 384 mil vagas apenas, o país possui 668 mil pessoas presas, com índice de superlotação de 69,2%, segundo levantamento realizado pelo G1 em janeiro deste ano. Além de expor a superlotação e as péssimas condições oferecidas aos detentos, os números expõem a política de encarceramento adotada pelo Estado brasileiro contra as populações periféricas. Estima-se que 61,6% das pessoas presas seja negra (pretas ou pardas). Para Dina Alves e Juliana Borges, as leis de drogas da década passada e a seletividade do sistema judiciário são fatores determinantes para o encarceramento da população negra e periférica do país.