Espetáculo criado pelo Coletivo Njinga estreia neste domingo (9), às 16h, no Instagram da Casa de Cultura Guaianases
Texto: Redação | Edição: Nataly Simões | Imagem: Odrih
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Criado pelo Coletivo Njinga, o espetáculo “Mulheres que se contam”, embasado pelo artigo “As mulheres negras e construção de uma nova utopia”, de Angela Davis, e no livro “No Meu Pescoço”, de Chimamanda Ngozi, estreia neste domingo (9), às 16h, no Instagram da Casa de Cultura Guaianases.
A co-fundadora do coletivo Bianca di Azuos (Bianca de Souza) construiu a dramaturgia a partir de experiências pessoais, ancestralidade, e religiosidade de forma poética contando com uma base científica e acadêmica. Trata-se de um texto pós-dramático com tons épicos onde três personagens e uma narradora se contam através de monólogos que se interligam. São elas: Alika, Ayomide (Narradora), Bayo e Preta Noite. A direção é de Voni Dias, co-fundadora do coletivo, que apesar de jovem possui mais de dez anos de carreira.
As atrizes criadoras Ana Carol Ferreira e Bárbara Jadeh colaboram na dramaturgia, que também traz linguagens musicais por meio de instrumentos, percussões corporais e canto. A obra se refere às mulheres negras e indígenas, tanto nas histórias como nas homenagens.
Segundo as criadoras, a data escolhida para a estreia da apresentação online é o domingo de Dia dos Pais, “onde no Brasil, muitas crianças contam com a ausência da figura paterna, fazendo com que as mulheres assumam essa responsabilidade”.
O Coletivo Njinga foi criado em dezembro de 2019 por quatro jovens negros: Bárbara Jadeh, Bianca di Azuos (Bianca de Souza), Cardim (Matheus da Rocha Souza) e Voni Dias (Ivone Dias Gomes). A iniciativa é focada em produção artísticas no campo das artes cênicas, fotográficas e audiovisuais abordando temas através da ótica afrofuturista.
Ficha técnica
Direção: Voni Dias
Dramaturgia, atriz criadora e produção: Bianca Di Azuos
Atrizes criadoras, assistência de produção e colaboração dramatúrgica: Ana Carol Ferreira e Bárbara Jadeh
Percussão Bayo: orientação e preparo, Tunuka Mureno
Figurino Bayo: adereço ateliê Fulôrá, Gabriella Moreira
Ponto de Jongo “ô senzaleiro” : Jongo Dito Ribeiro Campinas-SP
Gravação áudio mulher Rendeira: Sueli Pereira Dias