A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo (Cojira SP) celebra 22 anos de resistência durante uma atividade comemorativa, que será realizada no auditório Vladimir Herzog, nesta quinta-feira (14), a partir das 19h.
Com mediação das jornalistas integrantes da Cojira SP, Beatriz Sanz e Thais Folego, o evento terá como principal atração da noite a presença de dois fundadores da Comissão, além de uma mesa de debate entre os jornalistas e escritores Oswaldo de Camargo e Oswaldo Faustino acerca do tema “Jornalismo, Literatura e Negritude”.
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Durante o evento, obras importantes para o jornalismo negro brasileiro serão relançadas, como “Imprensa Negra” de Clóvis Moura e Miriam Nicolau Ferrara, uma coletânea de estudos de jornais do início da imprensa negra paulistana.
Também deve ser assinalada a publicação, em 2004, pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo – Imesp e por Geledés – Instituto da Mulher Negra, do livro “Espelho Infiel: o negro no jornalismo brasileiro”, coletânea de artigos organizada por Flavio Carrança e Rosane da Silva Borges.
Atualmente, a Cojira SP é uma das entidades que protagonizam a Articulação Pela Mídia Negra, que discute com o atual governo a elaboração e implementação de políticas de apoio a veículos liderados por jornalistas e comunicadores negros, quilombolas, indígenas e grupos sub-representados e periféricos de todo o Brasil.
Surgimento da Comissão
Em junho de 2000, a partir de uma proposta do jornalista de Piracicaba, Noedi Monteiro, o núcleo inicial que realizou um debate sobre um organismo de combate ao racismo havia se denominado Comitê Permanente de Jornalistas Negros e depois passou a ser Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial, entendendo que poderia se tornar obstáculo à participação de não negros nas atividades a serem implementadas.
O manifesto de lançamento da Cojira SP apontava a necessidade da produção de informações sobre a desigualdade racial no interior da categoria, como condição necessária para a elaboração de políticas voltadas para a promoção da equidade; falava também sobre a necessidade de aumentar a presença de profissionais negros nos locais de trabalho de jornalistas, inclusive para reduzir as coberturas estereotipadas e, ainda nesse sentido, ressaltava a necessidade de ações que melhorassem a compreensão da questão racial tanto por parte dos profissionais já atuantes quanto dos estudantes de jornalismo.
Serviço:
Onde: Auditório Vladimir Herzog
Quando: Dia 14 de setembro, a partir das 19h.