Em 20 de novembro, a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem (OSB Jovem) se apresenta no Teatro de Câmara da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. O programa é dedicado a obras nacionais, e incluirá composições de artistas brasileiros, como César Guerra-Peixe, Edmundo Villani-Côrtes, Luiz Gonzaga, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha e Tom Jobim. A regência estará a cargo do maestro Anderson Alves. Além disso, o Jongo da Serrinha fará uma participação especial.
Mourão, uma composição de César Guerra-Peixe, é uma representação ao Movimento Armorial, inspirada nos sons das rabecas do folclore nordestino. Este movimento buscava a integração harmoniosa entre elementos eruditos e culturais populares, construindo assim um repertório que reflete essa fusão.
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Em seguida, é apresentado ‘Cinco Miniaturas Brasileiras’ de Edmundo Villani-Côrtes. Os movimentos Prelúdio, Choro e Baião, movimentos apresentados neste concerto, se notabilizam por sua expressividade e diversidade.
Luiz Gonzaga é lembrado com ‘Gonzagueando’, um pot-pourri arranjado por Jamberê Cerqueira, uma homenagem ao compositor pernambucano, que inclui alguns de seus maiores sucessos. Chiquinha Gonzaga, uma das mulheres pioneiras da música popular brasileira, recebe uma celebração com ‘Gaúcho Corta-Jaca’, uma composição que simboliza a fusão de influências musicais brasileiras e estrangeiras.
A Orquestra Jovem também presta homenagem a Pixinguinha, representante do choro brasileiro, ao interpretar ‘Carinhoso’, ‘Quem é Você’ e ‘Pula Sapo’, todas com arranjo conduzido pelo maestro Anderson Alves. Para encerrar o repertório, a orquestra celebra a presença de Tom Jobim, conhecido por suas melodias e letras poéticas, com as interpretações de ‘Passarim’ e ‘O Morro Não Tem Vez’, ambas com arranjo também elaborado por Anderson Alves.
Para encerrar o espetáculo, o Jongo da Serrinha apresenta um medley que inclui as canções ‘Rosário de Maria’, ‘Pisei na Pedra’, ‘Saracura’, ‘Vou Caminhar’ e ‘Benção de Deus’.
Esse será o oitavo concerto do grupo recém-formado. A OSB Jovem ressurge como uma orquestra social, agora caracterizada pela pluralidade e diversidade, com o princípio de promover o desenvolvimento e fortalecimento da equidade, inclusão e diversidade por meio da música. Os integrantes foram escolhidos por meio de um processo seletivo que levou em conta critérios específicos, como renda familiar, gênero e autodeclaração racial.
Ao reintegrar a OSB Jovem, a Orquestra Sinfônica Brasileira reitera seu compromisso com a educação musical, pilar fundamental em diversos projetos da instituição. O propósito é respaldar a renovação do cenário musical brasileiro, proporcionando a infraestrutura essencial para uma experiência abrangente na formação de jovens músicos. O espaço visa permitir que eles aprimorem suas técnicas instrumentais, expandam seus repertórios e recebam orientação de alguns dos maiores músicos do país.