A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) anunciou o lançamento do “Manual para Instituição de Redes Intersetoriais de Saúde junto aos Povos Indígenas”. O documento, resultado de discussões e experiências, aborda a criação de redes focadas em saúde mental, enfrentamento de sofrimentos psicossociais e efeitos decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Além disso, o manual trata da implementação de redes de saúde para povos indígenas em contextos urbanos.
“Acreditamos que a atenção à saúde dos indígenas deve buscar fortalecer os sujeitos, suas comunidades e povos, em suas diversas matizes. Conhecer a cosmologia de um povo e sua história pode ser a única forma de realmente se caminhar conjuntamente na direção do protagonismo indígena, sem que se exerça a tutela. É preciso respeitar a forma como os indígenas percebem o seu sofrimento, considerando-a como concreta”, diz um dos trechos de apresentação do material.
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Embora a Funai não execute diretamente os serviços de saúde para indígenas, a instituição tem a responsabilidade de acompanhar e monitorar os atendimentos prestados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, assim como pelas secretarias municipais e estaduais, em todos os níveis de atenção à saúde.
O manual serve como guia para as unidades descentralizadas da Funai estabelecerem diálogo com os Distritos Especiais de Saúde Indígena (DSEIs), Polos-Base do Subsistema de Saúde Indígena e outros parceiros, como secretarias municipais de saúde, universidades, organizações indígenas, representantes do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), serviços de assistência social, entre outros. O objetivo é fortalecer as políticas de saúde destinadas aos povos indígenas.
O documento está disponível para leitura na íntegra, de forma gratuita, neste link.
