Uma ação em conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde de Angola constrói medidas para prevenir e responder ao surto de cólera que atinge países africanos. As zonas consideradas de maior risco incluem as fronteiras de Angola com a Zâmbia e a República Democrática do Congo.
A ação conta com a presença de técnicos e autoridades sanitárias para implementar medidas prioritárias para unidades de saúde no combate à doença. Entre as medidas mais urgentes está a chegada de equipes de pronto atendimento nos distritos mais afastados e o apoio a profissionais especializados no tratamento da cólera.
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O novo plano prevê a identificação de fontes de água não tratadas ou poluídas, aumentar a distribuição de cloro para o tratamento de fontes de água potável e sensibilizar as pessoas sobre o tratamento precoce da cólera.
O representante interino da OMS em Angola, Humphrey Karamagi, disse à Organização das Nações Unidas (ONU) que os protocolos estão disponíveis e expressou confiança de que Angola possa reforçar a capacidade de tratamento nas áreas mais críticas.
São pelo menos 28 peritos, sendo oito da OMS em atuação em dez das 18 províncias de Angola, que tem Cuando Cubango e Moxico, perto da fronteira com a Zâmbia, com mais casos registrados. Desde o início de outubro, cerca de 518 pessoas morreram, segundo a ministra da Saúde zambiana, Sylvia Masebo.
A cólera é uma forma mais aguda de diarréia que, sem tratamento, pode matar em poucas horas. A transmissão acontece por ingestão de água e alimentos contaminados.
Em 2021 a Angola teve a epidemia de cólera mais mortal de sua história, com 2.284 casos e 181 óbitos. Os casos mais recentes foram registrados entre 2016 e 2017 com 11 notificações de morte.