O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, se reuniram no Palácio do Planalto para discutir uma parceria para a eliminação de doenças e produção de vacinas brasileiras contra a dengue.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, também participaram do encontro.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
Na reunião, de acordo com informações do Palácio do Planalto, Adhanom afirmou que o Brasil pode ser um fornecedor do imunizante contra a dengue por meio do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Atualmente, a única vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), incorporada no ano passado, é a Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda. A previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses entre fevereiro e novembro.
Em 2023, o Brasil registrou um aumento de 15,8% nos registros de dengue. Neste ano, a expectativa é que o país registre até 4,2 milhões de casos de dengue.
População pobre e negra é a mais afetada pela dengue
Especialistas da Associação de Pesquisa Iyaleta descobriram que a população pobre e negra está mais suscetível a doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya.
Isso acontece porque os efeitos das ondas de calor extremo são mais intensos para as populações de áreas periféricas, onde a população negra é predominante e existe uma ausência de saneamento básico.
Tedros Adhanom também afirmou, segundo o governo, que a OMS pretende dar todo o apoio possível ao Brasil na eliminação de doenças como a tuberculose, a hanseníase, a doença de Chagas e doenças transmitidas de mãe para filho, como o HIV.