O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou a construção de três novas unidades do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Os edifícios serão em Belford Roxo, no Complexo do Alemão e no Parque Olímpico/Cidade de Deus.
Segundo o governo federal, a iniciativa, que visa garantir aos moradores acesso ao ensino técnico e profissional, é uma demanda antiga das comunidades, que acreditam no investimento em educação para capacitar os jovens e contribuir para o crescimento local.
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O ativista e comunicador popular, Jota Marques, que possui um histórico de luta pelos direitos humanos e educação na Cidade de Deus, esteve presente a convite do governo.
Em entrevista à Alma Preta, Marques explica que os Institutos Federais transformam a educação profissional e tecnológica no Brasil. “Quem passou por eles reconhece o impacto”, afirma.
“O que um dia foi sonho hoje se torna projeto, e em breve, realização. Não apenas desejos, mas políticas públicas que asseguram o direito à dignidade, garantindo acesso à educação para todos os moradores de favela”, pontua o comunicador popular.
As obras fazem parte da promessa de Lula de inaugurar mais 100 campi dos institutos federais até o final do mandato, em 2026. A demanda por educação de qualidade está no Plano de Ação Popular do CPX (complexo), elaborado coletivamente por moradores e organizações que atuam no local.
“Essa política pública, presente em territórios populares como favelas e periferias, oferece esperança ao futuro dessas comunidades, proporcionando acesso ao ensino de qualidade sem as barreiras que a cidade impõe, na porta de suas casas. Uma nova geração de jovens, provenientes das margens, terá mais ferramentas para transformar suas realidades”, diz.
As obras receberão, cada uma, R$ 15 milhões em investimentos do governo federal. A expectativa é que sejam concluídas até 2025. O recurso para as obras está previsto no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
“Se a falta de escola marcou nossa infância e limitou as perspectivas na adolescência, agora afirmamos que isso não acontecerá com as novas gerações”, celebra Marques. “Após décadas de dedicação dos moradores, lugares como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus vislumbram um horizonte de esperança”, concluiu.